O jornalismo que dá voz às minorias
Marcionila Teixeira, do Diario, é a primeira brasileira agraciada com Prêmio Internacional Maria Barroso de Jornalismo pela Paz e pelo Desenvolvimento
Publicação: 29/11/2019 03:00
A jornalista Marcionila Teixeira, do Diario de Pernambuco, recebeu ontem o Prêmio Internacional Maria Barroso de Jornalismo pela Paz e pelo Desenvolvimento. Essa é a primeira vez que uma brasileira leva a premiação. A homenagem aconteceu dentro da programação dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, promovida pela Secretaria da Mulher do Recife. O prêmio é uma parceria da Prefeitura do Recife com a Editorial Novembro, de Portugal, e busca reconhecer profissionais que fazem da comunicação um instrumento para a propagação dos direitos humanos e de luta por um mundo mais igualitário para as mulheres.
A entrega aconteceu no Gabinete Português de Leitura, no bairro de Santo Antônio, no Recife, às 17h. “Escolhemos uma jornalista que entende da luta feminista na construção de um mundo melhor”, comentou a secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa.
A curadora do prêmio, a portuguesa Avelina Ferraz, ressaltou a importância de Maria Barroso para a defesa dos direitos humanos e cultura de paz e da entrega do prêmio para uma jornalista brasileira. Avelina fez uma apresentação da biografia da atriz, professora e ativista política e social portuguesa que dá nome ao prêmio. Maria Barroso foi primeira-dama de Portugal de 1986 a 1996, esposa do presidente Mário Soares.
Marcionila Teixeira é jornalista há 23 anos e construiu sua carreira no combate às diversas formas de violação dos direitos humanos. Já conquistou 15 prêmios, entre eles o Vladimir Herzog, o Esso e o Cristina Tavares. A jornalista tem pós-graduação em direitos humanos pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e o título de Jornalista Amiga da Criança, concedido pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Marcionila também conduz o programa de entrevistas Sobre Vidas, veiculado toda terça-feira no canal do Diario de Pernambuco no YouTube.
Emocionada, Marcionila enfatizou que o prêmio “é uma honra e ao mesmo tempo um estímulo para continuar mostrando as histórias de pessoas invisibilizadas.” Ela ressaltou que gostaria que as próprias pessoas retratadas nas matérias escrevessem suas histórias, mas ao mesmo tempo se sentia privilegiada em poder contar histórias de pessoas vulnerabilizadas e em alguns casos ajudar a transformar vidas e construir outros valores no campo dos direitos humanos.
Já foram reconhecidas no mesmo prêmio as profissionais Cândida Pinto, Conceição Queirós e Maria Antónia Palla, todas portuguesas. A ação chegou ao Recife devido ao protocolo de intercâmbio de políticas de gênero entre o Recife e a cidade de Figueira da Foz, em Portugal. Segundo Cida Pedrosa, o intercâmbio é muito rico por trazer experiência positivas de combate ao machismo ainda muito presente nesta cidade europeia.
Leitor dos textos de Marcionila, o advogado José Vítor Rabelo foi à cerimônia. Ele contou acompanhar as publicações da jornalista há muitos anos, mas somente há seis meses os dois se conheceram pessoalmente, quando marcaram um encontro no Diario.
A comunicação salva é o tema da campanha deste ano, que conta com seminários, panfletagens, oficinas e distribuição de material informativo, além de debates sobre combate ao feminicídio. As atividades começaram no último dia 25 e acontecem até 10 de dezembro. As ações tratam da comunicação como ferramenta estratégica no enfrentamento à violência de gênero.
A entrega aconteceu no Gabinete Português de Leitura, no bairro de Santo Antônio, no Recife, às 17h. “Escolhemos uma jornalista que entende da luta feminista na construção de um mundo melhor”, comentou a secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa.
A curadora do prêmio, a portuguesa Avelina Ferraz, ressaltou a importância de Maria Barroso para a defesa dos direitos humanos e cultura de paz e da entrega do prêmio para uma jornalista brasileira. Avelina fez uma apresentação da biografia da atriz, professora e ativista política e social portuguesa que dá nome ao prêmio. Maria Barroso foi primeira-dama de Portugal de 1986 a 1996, esposa do presidente Mário Soares.
Marcionila Teixeira é jornalista há 23 anos e construiu sua carreira no combate às diversas formas de violação dos direitos humanos. Já conquistou 15 prêmios, entre eles o Vladimir Herzog, o Esso e o Cristina Tavares. A jornalista tem pós-graduação em direitos humanos pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e o título de Jornalista Amiga da Criança, concedido pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Marcionila também conduz o programa de entrevistas Sobre Vidas, veiculado toda terça-feira no canal do Diario de Pernambuco no YouTube.
Emocionada, Marcionila enfatizou que o prêmio “é uma honra e ao mesmo tempo um estímulo para continuar mostrando as histórias de pessoas invisibilizadas.” Ela ressaltou que gostaria que as próprias pessoas retratadas nas matérias escrevessem suas histórias, mas ao mesmo tempo se sentia privilegiada em poder contar histórias de pessoas vulnerabilizadas e em alguns casos ajudar a transformar vidas e construir outros valores no campo dos direitos humanos.
Já foram reconhecidas no mesmo prêmio as profissionais Cândida Pinto, Conceição Queirós e Maria Antónia Palla, todas portuguesas. A ação chegou ao Recife devido ao protocolo de intercâmbio de políticas de gênero entre o Recife e a cidade de Figueira da Foz, em Portugal. Segundo Cida Pedrosa, o intercâmbio é muito rico por trazer experiência positivas de combate ao machismo ainda muito presente nesta cidade europeia.
Leitor dos textos de Marcionila, o advogado José Vítor Rabelo foi à cerimônia. Ele contou acompanhar as publicações da jornalista há muitos anos, mas somente há seis meses os dois se conheceram pessoalmente, quando marcaram um encontro no Diario.
A comunicação salva é o tema da campanha deste ano, que conta com seminários, panfletagens, oficinas e distribuição de material informativo, além de debates sobre combate ao feminicídio. As atividades começaram no último dia 25 e acontecem até 10 de dezembro. As ações tratam da comunicação como ferramenta estratégica no enfrentamento à violência de gênero.
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