Associação pede prioridade para quem tem câncer
Pesquisa mostra grande variação na taxa de letalidade em pacientes de câncer infectados pelo SARS-CoV-2. Grupo não é prioridade na vacinação
Publicação: 18/01/2021 03:00
Depois de meses de espera e incertezas, a vacina contra a Covid-19 finalmente começa a se tornar realidade no Brasil, com início da vacinação na quarta-feira. No primeiro momento, serão priorizados grupos mais expostos a riscos de desenvolver a forma grave da doença, como profissionais de saúde atuantes em UTI e unidades de referência para o coronavírus, pessoas acima de 60 anos em instituições de longa permanência e indígenas aldeados.
Entretanto, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), alerta: pacientes com câncer ativo ou em tratamento com drogas imunossupressoras também deveriam ser incluídos no grupo prioritário.
Estudos internacionais, como o publicado pela Associação Americana pela Pesquisa do Câncer e o posicionamento da Sociedade Espanhola de Oncologia Médica mostram que pacientes em tratamento de câncer ativo e casos avançados da doença, especialmente câncer de pulmão têm maior risco de desenvolver a forma grave da Covid-19 e maior índice de mortalidade.
Esses pacientes, que precisam continuar o tratamento oncológico mesmo durante a pandemia já que o câncer não faz quarentena, também estão mais expostos a risco, por conta das necessárias e constantes visitas a unidades de saúde. A exposição ao vírus pode diminuir a resposta imunológica natural do organismo.
Na pesquisa dos EUA, os resultados da infecção por SARS-CoV-2 em pacientes com câncer em comparação a pacientes sem câncer mostrou uma grande variação na taxa de letalidade, apontando o dobro do risco quando as doenças são combinadas. Em pacientes com câncer, a taxa variou entre 21% e 28%; já em pacientes sem câncer, entre 9% e 14%. Em um único hospital de Nova York, por exemplo, a letalidade em pacientes com neoplasias hematológicas foi de 37% enquanto em pacientes com câncer sólido ficou em 25%.
Ainda não há dados suficientes para avaliar interações entre tratamento oncológico ativo e a capacidade de induzir imunidade com vacinação e nem o momento do ciclo de tratamento em que é preferível administrar a vacina, mas evidências disponíveis de que as vacinas podem fornecer maiores níveis de anticorpos neutralizantes do que a infecção por SARS-CoV-2 num número substancial de pacientes, indicam a importância de incluir esse grupo como prioritário.
Entretanto, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), alerta: pacientes com câncer ativo ou em tratamento com drogas imunossupressoras também deveriam ser incluídos no grupo prioritário.
Estudos internacionais, como o publicado pela Associação Americana pela Pesquisa do Câncer e o posicionamento da Sociedade Espanhola de Oncologia Médica mostram que pacientes em tratamento de câncer ativo e casos avançados da doença, especialmente câncer de pulmão têm maior risco de desenvolver a forma grave da Covid-19 e maior índice de mortalidade.
Esses pacientes, que precisam continuar o tratamento oncológico mesmo durante a pandemia já que o câncer não faz quarentena, também estão mais expostos a risco, por conta das necessárias e constantes visitas a unidades de saúde. A exposição ao vírus pode diminuir a resposta imunológica natural do organismo.
Na pesquisa dos EUA, os resultados da infecção por SARS-CoV-2 em pacientes com câncer em comparação a pacientes sem câncer mostrou uma grande variação na taxa de letalidade, apontando o dobro do risco quando as doenças são combinadas. Em pacientes com câncer, a taxa variou entre 21% e 28%; já em pacientes sem câncer, entre 9% e 14%. Em um único hospital de Nova York, por exemplo, a letalidade em pacientes com neoplasias hematológicas foi de 37% enquanto em pacientes com câncer sólido ficou em 25%.
Ainda não há dados suficientes para avaliar interações entre tratamento oncológico ativo e a capacidade de induzir imunidade com vacinação e nem o momento do ciclo de tratamento em que é preferível administrar a vacina, mas evidências disponíveis de que as vacinas podem fornecer maiores níveis de anticorpos neutralizantes do que a infecção por SARS-CoV-2 num número substancial de pacientes, indicam a importância de incluir esse grupo como prioritário.