Do Recife à Flórida pela Azul
Companhia aérea estuda implantar o primeiro destino internacional saindo da capital pernambucana. Operação depende da demanda de passageiros
THATIANA PIMENTEL
thatianapimentel.pe@dabr.com.br
Publicação: 17/06/2016 03:00
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Orlando, na Flórida, é um dos destinos prováveis do próximo voo internacional da Azul com partida do Recife |
Até maio deste ano, a American Airlines era a única companhia aérea com voos diretos do Recife para Miami, Flórida. Antes com escala em Salvador, a rota passou a ser direta em novembro de 2012. No ano seguinte, começou a operar diariamente. Este ano, por causa da crise, a empresa anunciou a suspensão do destino até dezembro. Quem deseja ir aos Estados Unidos saindo do Recife pode optar pelo voo da empresa panamenha Copa Airlines, com conexão no Panamá. A Latam anunciou que vai oferecer um voo direto entre o Recife e Miami ainda no segundo semestre deste ano.
Na próxima quarta-feira, a Azul inicia seu primeiro voo para a Europa, com roteiro Campinas (SP) – Lisboa. O voo direto Recife – Flórida, pela Azul, ainda não tem data definida.
Segundo Neves, o Nordeste será beneficiado por outro investimento neste segundo semestre, com a chegada de seis aeronaves a320neo (a companhia comprou 63, cada uma com capacidade para 174 passageiros) em Fortaleza e no Recife. O avião é o modelo mais avançado da Airbus. Eles contarão com o Espaço Azul e serão equipados com assentos slimline e TV ao vivo. Com a aquisição, cujo investimento por unidade é de US$ 98 milhões (R$ 340 milhões), haverá ampliação da malha de voos para o Sudeste. “Precisávamos de um avião de grande porte para aumentar os destinos do Nordeste para o Sudeste de forma competitiva e com os 320s, conseguiremos isso.” Os aviões começarão a operar em novembro e pelo menos um já está confirmado para o Recife. Desde 22 de fevereiro, opera no Recife o jato A330, com 272 assentos, a maior aeronave da frota da empresa.
O centro de distribuição da Azul na capital pernambucana opera com a frequência de 32 voos diários. Em média, são 140 mil passageiros chegando e partindo do Recife todos os meses para 24 destinos. “Estamos tendo uma movimentação dentro das expectativas, com ocupação de 80%, mas isso nem é o mais importante. Não queremos voos lotados, queremos voos rentáveis”, completa o presidente da companhia.
O executivo criticou as políticas públicas brasileiras em relação ao preço da querosene, que hoje é monopólio da Petrobras. “Existe uma distorção no país que prejudica o desenvolvimento da aviação regional. Em Pernambuco, a alíquota do combustível foi reduzida, o que pesou na implantação do hub.