De carona no nome e na moda

Publicação: 14/01/2017 03:00

Um erro de etiqueta deu à marca Camboriú, uma das mais vendidas do Polo Têxtil de Pernambuco, o nome que tem hoje.  A encomenda era para Verão e Cia e a fabriqueta de etiquetas só tinha Camboriú no dia da entrega. O nome ficou e pegou. A ideia de fabricar moda praia começou em 1993, quando Edjane Araújo, que era secretária, e seu marido, José Cláudio Barbosa de Araújo, que já trabalhava com tecidos, mudaram-se de Afogados da Ingazeira para Santa Cruz do Capibaribe. Lá, envolveram-se com as confecções, como praticamente todos da cidade.

Hoje, a Camboriú vende para todo o Brasil, foi uma das pioneira do polo em vendas online, produz cerca de 35 mil peças por mês, tem 80 funcionários e foi a primeira marca do estado a se especializar em “moda bike”, para ciclistas, e apresentar coleções com este tema. Além de tudo, a marca também trabalha com franquias, sendo uma das únicas do polo a entrar neste modelo de negócio.

“Começamos fazendo moda infantil, lingerie, moda feminina. Eu era auxiliar de produção. Aí fabricamos pela primeira vez sungas. A demanda foi grande, porque estava perto do verão e resolvemos focar em moda praia e fitness”, resume Edjane. A ampliação do mercado e a elevação do desenho das peças foi fruto de um quadro montado a muito custo e no decorrer de vários anos.  “Quando começamos, a mão de obra era primária, as pessoas faziam o básico. Hoje, temos um designer e um estilista e, ainda assim, sempre estamos buscando pessoas formadas junto ao Senai ou que tenham algum curso técnico feito em outras cidades”, revela.

Uma prova dos bons resultados dessa preocupação com o time é a aceitação da marca no Brasil, com vendas expressivas na Bahia, Sergipe, Piauí, Alagoas, Paraíba, Maranhão e forte presença no Rio de Janeiro, estado onde biquíni é quase cartão-postal. Para conquistar  mais vendas no Sudeste e Sul do país, recentemente a Camboriú lançou uma loja online, que está em formato soft open (ainda sendo testada) e foi resultado de um investimento de R$ 15 mil. A marca também investiu mais R$ 15 mil em novas máquinas no ano passado, uma preparação para crescer em 2017. “Não vamos crescer e nem ter perdas em 2016, mas estamos positivos quanto aos próximos anos. A reação vai ser lenta, mas vai acontecer e queremos estar preparados.” A Camboriú tem lojas físicas em Caruaru e Santa Cruz e começa a trablhar com franquias.