Teve corrida aos supermercados

Publicação: 25/05/2018 09:00

Os receios do risco de desabastecimento de alimentos levou consumidores aos supermercados ontem na Região Metropolitana do Recife. As redes informaram por meio das representações do setor que os estoques garantem a oferta de produtos até o fim de semana, mas se mostraram preocupadas para os dias subsequentes. Algumas lojas chegaram a limitar a quantidade de unidades vendidas por pessoa. O Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco excluiu o risco de colapso com a falta de alimentos.

Nas lojas do Carrefour, no bairro da Torre e Boa Viagem, uma placa avisava do limite da venda de cinco unidades de cada item por pessoa. Em nota oficial, a rede Carrefour informou que a medida foi tomada para atender o maior número de clientes. A empresa assegura que o abastecimento segue sem muitos problemas em suas lojas em função dos volumes de estoque e informou também que já está em contato com fornecedores locais para continuar garantindo o abastecimento.

A Associação Pernambucana de Supermercados (Apes) informou que o reflexo da falta de produtos é apenas no setor de hortifruti, por não ser possível estocar (perecível).

Os atacadistas e distribuidores de Pernambuco informaram que entendem a legitimidade da paralisação, mas estão preocupados. Em nota, o presidente da Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa), José Luiz Torres, destacou que fica comprometido o atendimento no abastecimento de milhares de pontos de venda em todo o estado, principalmente no chamado varejo de vizinhança, que são os mercadinhos, quitandas, mercearias, bares, lanchonetes, entre outros.

Ceasa
O presidente do Ceasa, Gustavo Melo, descartou a falta de produtos com a redução do abastecimento no centro. Apenas 40% dos caminhões estão carregando a unidade, mas o estoque sustenta a demanda até o fim de semana. “Se a paralisação continuar, há risco de faltar pontualmente alguns produtos, mas não há possibilidade de colapso”, garantiu.

Em relação aos preços, os produtos mais impactados foram cebola, batata e cenoura, que tiveram a oferta reduzida por serem trazidos de outros estados e parte ficou nos bloqueios das rodovias. “Os três produtos eram vendidos a R$ 2 o quilo. Hoje (ontem), a batata chegou a R$ 8, a cenoura foi para R$ 4,5 e a cebola variou entre R$ 3 e R$ 4.”