Publicação: 15/03/2019 03:00
Por conta das características do leilão, diz Luis Felipe de Oliveira, da Alta, várias empresas vão participar da disputa e o único problema do filé com osso, continua o executivo, é que um acaba por subsidiar os outros aeroportos. “Como há liberdade tarifária, o modelo limita o ingresso, porque, se cobrar caro nos pequenos, não terão movimento. Por outro lado, isso vai contribuir para desenvolver a infraestrutura dos regionais”, pondera.
O especialista em infraestrutura Luiz Wambier, do escritório Wambier, Yamasaki, Berveranço & Lobo, aposta em um leilão de sucesso. “Há uma expectativa muito grande, porque os investidores estrangeiros estão atentos a todas as oportunidades. Se o filé compensar, eles vão fazer as contas e podem até transformar o osso. O importante é que as obras vão gerar empregos em várias regiões”, opina. O modelo em blocos, emenda Wambier, já funcionou em alguns países.
No entender do pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV Ceri) Edson Gonçalves, o desenho de blocos é interessante, porque ajuda a mitigar o risco, numa compensação natural. “Porém, não dá para superestimar a demanda, como ocorreu nas rodadas recentes. Viracopos quer devolver a concessão, e o Galeão, mesmo administrado por um consórcio experiente, tem dificuldades de equilíbrio econômico-financeiro”, destaca. Controlado pela Changi, de Cingapura, depois da saída da Odebrecht, o RioGaleão perdeu movimentação doméstica. Com capacidade para 37 milhões de passageiros por ano, opera com 40% de ociosidade.
Deixar o maior filé de todos para o fim das rodadas não é uma boa ideia, assinala Sandro Cabral, professor de estratégia do Insper. “O governo podia ter optado por dar uma sinalização mais forte para o mercado e começar direto com Congonhas, a base da coroa. Daria um choque de expectativa que alavancaria as outras concessões”, defende. Qualquer processo de concessão, segundo ele, depende de condicionantes para estimular o apetite de investidores. “Quando vêm para o Brasil, sabem do risco. Queda da demanda faz parte do jogo, mas, no Brasil, há também incerteza regulatória”, ressalta.
O especialista em infraestrutura Luiz Wambier, do escritório Wambier, Yamasaki, Berveranço & Lobo, aposta em um leilão de sucesso. “Há uma expectativa muito grande, porque os investidores estrangeiros estão atentos a todas as oportunidades. Se o filé compensar, eles vão fazer as contas e podem até transformar o osso. O importante é que as obras vão gerar empregos em várias regiões”, opina. O modelo em blocos, emenda Wambier, já funcionou em alguns países.
No entender do pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV Ceri) Edson Gonçalves, o desenho de blocos é interessante, porque ajuda a mitigar o risco, numa compensação natural. “Porém, não dá para superestimar a demanda, como ocorreu nas rodadas recentes. Viracopos quer devolver a concessão, e o Galeão, mesmo administrado por um consórcio experiente, tem dificuldades de equilíbrio econômico-financeiro”, destaca. Controlado pela Changi, de Cingapura, depois da saída da Odebrecht, o RioGaleão perdeu movimentação doméstica. Com capacidade para 37 milhões de passageiros por ano, opera com 40% de ociosidade.
Deixar o maior filé de todos para o fim das rodadas não é uma boa ideia, assinala Sandro Cabral, professor de estratégia do Insper. “O governo podia ter optado por dar uma sinalização mais forte para o mercado e começar direto com Congonhas, a base da coroa. Daria um choque de expectativa que alavancaria as outras concessões”, defende. Qualquer processo de concessão, segundo ele, depende de condicionantes para estimular o apetite de investidores. “Quando vêm para o Brasil, sabem do risco. Queda da demanda faz parte do jogo, mas, no Brasil, há também incerteza regulatória”, ressalta.
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