Polícia identifica um dos suspeitos presos

Publicação: 07/08/2018 09:00

Um relatório da Polícia venezuelana, ao qual a AFP teve acesso, identifica um dos detidos como César Saavedra, que foi preso perto do edifício onde explodiu o segundo artefato. “Foram identificados todos os autores materiais do ato e seus colaboradores”, declarou o procurador. O governo sustenta que os financiadores do alegado ataque estariam nos Estados Unidos.

Um suposto grupo de militares e civis rebeldes, que se apresenta como Movimento Nacional Soldados de Camisetas, até agora desconhecido, reivindicou o ataque. O governo vincula um dos detidos ao ataque ao forte militar Paramacay, ocorrido há exatamente um ano e durante o qual cerca de 20 homens, comandados por um ex-capitão da  Guarda Nacional, roubou 21 fuzis.

A invasão em Paramacay foi reivindicada pelo policial Óscar Pérez, executado junto com outras seis pessoas em 15 de janeiro, seis meses depois de lançar de um helicóptero duas granadas sobre a sede da Suprema Corte e atirar contra o Ministério do Interior em Caracas. Não houve feridos.

Maduro enfrenta uma forte rejeição popular devido à profunda crise econômica, marcada por falta de alimentos e medicamentos e uma inflação que chegará a 1.000.000% (um milhão por cento) em 2018, segundo o FMI. O presidente pretende “reforçar sua narrativa de que a crise se deve a agentes externos”, assegurou o diretor do centro de pesquisas Diálogo Interamericano, Michael Shifter.

No domingo, o alto comando militar reiterou sua “irrestrita lealdade” a Maduro. Com grande poder, a Força Armada é considerada a principal sustentação do socialista.