Reforma política em debate na CNBB
Presidenciáveis falaram do financiamento de campanha por empresas privadas a eleições em dois turnos
Publicação: 17/09/2014 03:00
Dilma afirmou que o país precisa de uma reforma política; Marina cobrou dos demais a apresentação do programa de governo; e Aécio defendeu o fim da reeleição |
Os três principais candidatos afirmaram ser favorável à proposta apresentada pelos bispos católicos. O presidenciável do PSDB, Aécio Neves, ponderou que a reforma política “é aquilo que se acostumou chamar de mãe de todas as reformas” e que por isso deve anteceder outras mudanças que precisam ser feitas no país. “Defendemos o enxugamento do quadro partidário, a estruturação do voto distrital misto e o fim da reeleição, com mandato de cinco anos para todos os detentores de mandato”, destacou.
A candidata do PSB, Marina Silva, cobrou dos demais concorrentes a apresentação do programa de governo, assim como fez a sua coligação. “E nós fizemos questão de tratar do tema reforma política, não como uma proposta pronta e acabada, mas como um processo capaz de atualizar o processo político no Brasil”. Ela disse ser a favor do financiamento público de campanha e disse que irá considerar as propostas da CNBB no amplo debate que defende sobre o assunto.
Já a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, ressaltou que o país precisa de “uma profunda” reforma política, baseada na opinião popular, por meio de um plebiscito. A petista disse também concordar com o fim do financiamento público de campanha, da maior participação das mulheres na política, do voto em dois turnos e do fim das coligações proporcionais. “O Brasil precisa passar por esse processo de transformação”, frisou a candidata. Também participaram do debate os candidatos Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (PSol), Levy Fideliz (PRTB), Pastor Everaldo (PSC) e Eymael (PSDC). Todos falaram ainda sobre temas como políticas públicas para a juventude, educação, família, desigualdade social e homofobia.
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