Uma série de mobilizações hoje pelo país

Publicação: 10/05/2016 03:00

CUT e movimentos sociais são contra o impeachment (ROBERTO PARIZOTTI/ CUT)
CUT e movimentos sociais são contra o impeachment
As organizações populares, centrais sindicais e partidos políticos de esquerda, ligados à Frente Brasil Popular (FBP), organizam, durante todo o dia de hoje, uma série de paralisações e mobilizações contra o impeachment de Dilma em todo o país. No Recife, a expectativa é de que a maioria dos 2 mil trabalhadores do metrô cruzem os braços em apoio à permanência da petista (Mais na página B3).

Presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco, Carlos Veras afirmou que, além da paralisação, haverá um ato à tarde, a partir das 16h, na Praça do Derby, para marcar o fim do Acampamento Popular e Permanente em Defesa da Democracia, montado no mês passado. “Haverá um ato político cultural com apresentações culturais e presença de sindicalistas e lideranças políticas”, comentou.

Por meio de um evento no Facebook, com mais de 11 mil convidados, a FBP incentiva os manifestantes a cruzarem os braços, atrasarem a entrada no trabalho, bloquear algumas das principais estradas e vias de acesso e saírem às ruas em defesa de Dilma. O protesto generalizado ainda abrange intervenções e iniciativas de centrais sindicais e movimentos sociais. Até o início da noite de ontem, havia 1 mil confirmações na página virtual.

Apesar de não divulgar mais detalhes sobre as paralisações, a CUT nacional, por meio de assessoria de imprensa, afirmou que os petroleiros não irão trabalhar hoje e que algumas cidades do estado de São Paulo terão paralisação em seus sistemas de transportes.

Já para amanhã, dia em que o impeachment será votado no Senado, a FBP realizará um protesto em frente ao local, às 9h. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Agrários disseram que poderão seguir a Frente com mobilizações nas principais cidades do país. Já os movimentos pró-impeachment irão promover uma comemoração nas ruas caso o Senado decida pelo afastamento. (Sávio Gabriel com agências)