Funcionárias vizinhas comemoram

Publicação: 20/10/2016 03:00

Empregadas domésticas que trabalham no condomínio onde mora Eduardo Cunha, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, comemoraram a prisão dele. “Não dá para esconder que achei ótimo”, disse Jaqueline Santos, 23, que trabalha numa casa próxima à do ex-deputado. “É mais um safado que vai preso metendo a mão no nosso dinheiro”, afirmou Érica Cristina, 35, moradora de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Érica e Jaqueline deixaram o condomínio por volta das 14h30. Vestidas com um uniforme amarelo, elas trabalham na casa de uma estilista e disseram que dificilmente encontram com o ex-deputado. Cunha mora num dos condomínios mais reservados na Barra da Tijuca. Na hora da prisão, entretanto, o ex-deputado estava em seu apartamento de Brasília.

A Polícia Federal chegou ao local por volta das 13h (horário de Brasília). Segundo os funcionários, dois agentes se apresentaram na portaria, com mandados de prisão e busca e apreensão. Um policial ficou no térreo e um dos advogados de Cunha chegou ao prédio 20 minutos antes da PF. Ele se identificou, perguntou se havia acontecido alguma operação e subiu pelo elevador. Outro carro da polícia chegou pouco depois. O ex-presidente da Câmara demorou poucos minutos para descer junto com os agentes. Eles foram direto para o subsolo, onde o carro da PF entrou para pegar todos.  

Os porteiros acompanharam todos os movimentos por uma televisão que exibia imagens de câmeras internas. Segundo a PF, o cumprimento ocorreu na garagem do edifício e que Cunha estava acompanhado do advogado. Claudia Cruz, mulher de Cunha, não estava em casa na hora. Segundo pessoas próximas à família, ela ainda não sabe se visitará o marido em Curitiba, para onde ele foi levado após a prisão. Isso dependerá dos horários e de onde ele vai ficar. Cláudia Cruz pretende voltar para o Rio para ficar com a família. (Da redação com agências)