PMDB e PTB decidem obrigar voto

Publicação: 07/12/2017 03:00

Com 76 deputados juntos, PMDB e PTB anunciaram ontem que vão obrigar seus parlamentares a votarem a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara. Nenhum dos dois partidos, contudo, deixou claro que tipo de punição sofrerão os desobedientes. O governo espera que a decisão do PMDB provoque um “efeito manada” e leve outras legendas da base aliada, como PP e PRB, a fecharem questão nos próximos dias.

A executiva nacional do PMDB aprovou a medida por 19 votos a 3, em reunião com a presença dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), que são filiados à legenda. Votaram contra os deputados federais João Arruda (PR) e Mauro Mariane (SC) e o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry. O partido tem a maior bancada da Câmara, com 60 deputados. “É fechamento de questão com punição. O que não fizemos foi dizer que tipo de punição será, para não parecer que é uma ameaça feita aos deputados e deputadas do PMDB”, afirmou o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR).

PERNAMBUCO
O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) vai acompanhar a decisão do partido de votar a favor da reforma da Previdência, mas discorda da decisão dos dirigentes da sigla de punir os parlamentares que se posicionarem contrários à proposta. “Voto pela importância da matéria que tem a ver com vida de muita gente. Agora não advogo nem defendo essa questão de punição. O deputado é livre para votar da maneira que quiser”, destacou o peemedebista.

Já entre os dois deputados que representam o PTB em Pernambuco, um deles, Zeca Cavalcanti (PTB), não vai seguir a determinação do partido. Segundo a assessoria do parlamentar, ele vai manter o posicionamento de ser contra a reforma mesmo correndo o risco de punição. Jorge Corte Real, por sua vez, continua com o voto indefinido. (Da redação com agências)