Pelo menos oficialmente, os deputados saíram convencidos da reunião com o jurídico de que o presidente estadual do MDB, Raul Henry, e o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) estão com o “bom direito”. Na visão do grupo, as alegações usadas pela executiva nacional para fazer a dissolução do partido do estado são frágeis. Eles acreditam que a legenda deve continuar na base de apoio do governador Paulo Câmara (PSB), candidato à reeleição neste ano.

Segundo o deputado Tony Gel (MDB), a lei não pode retroagir para prejudicar. “Antes, só o conselho nacional do partido tinha a prerrogativa para fazer a dissolução. Eles entraram com um pedido errado. Mudaram a cláusula dando à executiva o poder de fazer a intervenção e não mais o conselho. Porém já havia uma liminar favorável ao MDB de Pernambuco. A regra do jogo foi mudada com o jogo em andamento. Isso é não permitido”, opinou.

Outro ponto alegado pela executiva nacional para fazer a intervenção foi a falta de crescimento do partido no estado. O grupo de Raul Henry vem reiteradamente contestando a informação. “Eles argumentam a involução do MDB de Pernambuco, mas não é verdade. Os números não mentem. É matemática. A sigla cresceu quase 130%. O argumento deles (Fernando Bezerra e da executiva nacional) é inaceitável”, comentou o deputado estadual Gustavo Negromonte (MDB).

Na avaliação do deputado federal licenciado, Kaio Maniçoba (MDB), a situação não é confortável para os dois lados, mas se for pesar, o grupo do senador Fernando Bezerra está num clima maior de instabilidade. “O prazo vale para os dois lados, porém nós temos chapa e integrantes para concorrer. Quem vai se filiar ao MDB nessa incerteza, sem saber para que lado o partido vai?”, questionou. (C.E)