PT » O díficil diálogo para unir o partido

Cláudia Eloi
claudia.eloi@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 21/02/2018 03:00

Sem conseguir se entender internamente no quesito política de alianças, os petistas de Pernambuco voltam a se encontrar neste domingo numa reunião do diretório estadual que promete ser acalorada. A pauta oficial será análise de conjuntura local e nacional, tendo como foco a discussão em torno de uma aliança ou não com o PSB, que vem se solidificando.

No último fim de semana, a cúpula do partido realizou uma reunião da executiva estadual para tentar aparar as arestas, mas o clima esquentou e o diálogo em torno de um posicionamento coletivo ficou distante.

Em reserva, petistas avaliam que o debate está “fulanizado” e é preciso uma guinada de 180 graus para que a discussão saia do campo das rixas pessoais e ganhe um caráter partidário. “Fizemos um acordo com os militares no passado para devolver a democracia ao país. Política se faz com alianças e com acordos. O debate no PT está muito no a favor ou contra. Sozinho não se faz nada”, argumentou um petista em reserva.

Na avaliação de outro petista, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, está atuando como um bom técnico, porém tendo que trabalhar com times de terceira e quarta divisão e com a missão de vencer o campeonato eleitoral. “Os subgrupos atrapalham as jogadas, levando a um alto grau de tensão que fica difícil formular boas estratégias por mais que o time tenha um técnico qualificado”, comentou um petista em reserva.

O presidente estadual do PT discordou da alusão feita de que ele seria um bom técnico, mas com jogadores ruins de bola. “Discordo radicalmente. Temos um time de grandes jogadores, que precisam atuar de maneira entrosada. O que não pode é escalar um atleta com tática e técnica individual. Temos que jogar coletivamente”, ponderou Bruno Ribeiro.