A ministra Rosa Weber autorizou a abertura de inquérito e a quebra de sigilo bancário das campanhas de 2014 do líder do governo no Congresso, deputado federal André Moura (PSC-SE), e do senador Eduardo Amorim (PSDB-SE). Ambos são investigados no STF por suspeita de compra de votos nas eleições daquele ano. A quebra de sigilo compreende o período entre os meses de setembro a novembro de 2014. As decisões da ministra do Supremo são do início do mês de março, mas tornadas públicas ontem.

Moura, Amorim e o deputado estadual de Sergipe Luciano Pimentel (PSB), que é investigado em primeira instância, passaram a ser alvo de inquérito após interceptações telefônicas, feitas pela Polícia Civil com autorização da Justiça Federal de Sergipe, flagrarem supostas tratativas de compra de votos entre correligionários dos políticos e eleitores de cidades do sertão cearense.

As investigações sobre os parlamentares tiveram origem em um inquérito policial que investigava supostos crimes de pedofilia e prostituição infantil em um bar na região de Itabaiana, interior do estado. “Os alvos serviam como “intermediários” dos candidatos, recebiam dinheiro, via entrega pessoal ou via conta bancária, sacavam, amealhavam eleitores na cidade de Nossa Senhora de Dores/SE e nos seus povoados, faziam lista de controle com nomes e valores pagos, quantia entregue juntamente com santinhos contendo a numeração do candidato ao governo, a deputado federal e a deputado estadual, mediante o compromisso de voto nos candidatos ‘sugeridos’”, afirma relatório da Polícia Civil. (AE)