Pessimismo invade processo eleitoral
Pesquisa Ibope registrou a incredulidade do brasileiro na eleição para Presidência da República neste ano, principalmente por conta da corrupção generalizada
Publicação: 14/03/2018 03:00
Outsiders da iniciativa privada, militares e o voto religioso têm pouca importância para a maior parte dos eleitores. O critério mais relevante no processo sucessório da Presidência é que o candidato conheça o país. É o que mostra pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada ontem.
Pelos números do levantamento, os eleitores consideram que o concorrente nas eleições presidenciais conheça o país (89%), tenha experiência econômica (77%) ou apresente boa formação escolar (74%). Além disso, 72% dos entrevistados concordam “totalmente” ou em “parte” que o candidato precisa ter sido pelo menos prefeito ou governador para concorrer a presidente.
Menos da metade do eleitorado acha relevante que o candidato venha da iniciativa privada (40%) ou tenha tido experiência militar (27%). A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 cidades entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2017. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
O levantamento Retratos da Sociedade Brasileira, divulgado pela CNI, registrou que 79% dos entrevistados consideram fundamental o candidato acreditar em Deus. Mas a preocupação de assessorias e empresas de marketing em mostrar candidatos identificados com grupos religiosos é relativizada: 71% dos entrevistados dizem que o candidato não precisa ter a mesma religião do eleitor.
Para 87% dos entrevistados, o candidato deve ser honesto e não mentir na campanha. Um porcentual de 52% das pessoas ouvidas disseram que o futuro presidente deve vir de classe social mais baixa.
A pesquisa registrou a incredulidade dos eleitores em relação à disputa presidencial. Dos eleitores ouvidos, 44% se disseram pessimistas.
Os motivos para isso foram a corrupção (30%), a falta de confiança nos governantes e candidatos (19%) e a falta de opção entre os pré-candidatos (16%). Dos 20% que se mostraram otimistas diante do pleito eleitoral, um total de 30% disseram ter expectativas de mudança e renovação, outros demonstraram esperança no voto e participação popular (19%) e sentimento de melhorias em geral (11%). A pesquisa ainda registrou que 23% dos entrevistados não expuseram pessimismo ou otimismo e 13% não quiseram opinar.
As incertezas dos entrevistados apareceram também na pergunta sobre partidos. Um total de 48% dos entrevistados disseram que não têm preferência por nenhuma legenda. Entre as siglas preferidas, o PT apareceu na dianteira, com 19% das respostas, seguido de MDB (7%) e PSDB (6%). PSOL, DEM, PCdoB, PDT, PR, PPS, PSB e PSC apareceram com 1% cada. (Agência Estado)
Pesquisa
Retratos da Sociedade Brasileira - Perspectivas para as eleições de 2018*
Mudança social, com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social
44%
Moralização administrativa (combate a corrupção e punição de corruptos):
32%
Estabilização da economia, com queda definitiva do custo de vida e do desemprego:
21%
Nenhum desses ou outros focos
1%
Não sabem ou não responderam
2%
Promessas e otimismo
* A pesquisa foi feita com 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2017. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Agência Brasil
Pelos números do levantamento, os eleitores consideram que o concorrente nas eleições presidenciais conheça o país (89%), tenha experiência econômica (77%) ou apresente boa formação escolar (74%). Além disso, 72% dos entrevistados concordam “totalmente” ou em “parte” que o candidato precisa ter sido pelo menos prefeito ou governador para concorrer a presidente.
Menos da metade do eleitorado acha relevante que o candidato venha da iniciativa privada (40%) ou tenha tido experiência militar (27%). A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 cidades entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2017. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
O levantamento Retratos da Sociedade Brasileira, divulgado pela CNI, registrou que 79% dos entrevistados consideram fundamental o candidato acreditar em Deus. Mas a preocupação de assessorias e empresas de marketing em mostrar candidatos identificados com grupos religiosos é relativizada: 71% dos entrevistados dizem que o candidato não precisa ter a mesma religião do eleitor.
Para 87% dos entrevistados, o candidato deve ser honesto e não mentir na campanha. Um porcentual de 52% das pessoas ouvidas disseram que o futuro presidente deve vir de classe social mais baixa.
A pesquisa registrou a incredulidade dos eleitores em relação à disputa presidencial. Dos eleitores ouvidos, 44% se disseram pessimistas.
Os motivos para isso foram a corrupção (30%), a falta de confiança nos governantes e candidatos (19%) e a falta de opção entre os pré-candidatos (16%). Dos 20% que se mostraram otimistas diante do pleito eleitoral, um total de 30% disseram ter expectativas de mudança e renovação, outros demonstraram esperança no voto e participação popular (19%) e sentimento de melhorias em geral (11%). A pesquisa ainda registrou que 23% dos entrevistados não expuseram pessimismo ou otimismo e 13% não quiseram opinar.
As incertezas dos entrevistados apareceram também na pergunta sobre partidos. Um total de 48% dos entrevistados disseram que não têm preferência por nenhuma legenda. Entre as siglas preferidas, o PT apareceu na dianteira, com 19% das respostas, seguido de MDB (7%) e PSDB (6%). PSOL, DEM, PCdoB, PDT, PR, PPS, PSB e PSC apareceram com 1% cada. (Agência Estado)
Pesquisa
Retratos da Sociedade Brasileira - Perspectivas para as eleições de 2018*
- Para 87% dos brasileiros é muito importante que o candidato à Presidência da República seja honesto e não minta na campanha
- Para 84% é muito importante que nunca tenha se envolvido em casos de corrupção
- 66% preferem votar em um candidato honesto, mesmo que defenda políticas com as quais ele não concorda
- Controle dos gastos públicos é importante ou muito importante para 92%
- Para 87%, o candidato precisa conhecer os problemas do país
- Candidato ter experiência em assuntos econômicos é importante para 77%
- Para 74% dos entrevistados, o candidato deve ter boa formação educacional
Mudança social, com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social
44%
Moralização administrativa (combate a corrupção e punição de corruptos):
32%
Estabilização da economia, com queda definitiva do custo de vida e do desemprego:
21%
Nenhum desses ou outros focos
1%
Não sabem ou não responderam
2%
Promessas e otimismo
- 75% discordaram totalmente ou em parte da frase “eu acredito nas promessas de campanha dos candidatos”
- 44% estão pessimistas em relação à eleição presidencial de 2018
- 20% estão otimistas
- 23% não estão otimistas e nem pesimistas
- 13% nao sabem ou não responderam
- Corrupção - 30%
- Falta de confiança - 19%
- Falta de opção - 16%
- 47% concordam totalmente que é importante que o futuro presidente tenha experiência anterior como prefeito ou governador, 25% concorda em parte, 13% discorda totalmente, 11% discorda em parte, 1% é indiferente e 2% não sabem ou não responderam.
- Uma parte dos entrevistados (48%) disse não ter preferência partidária. Entre aqueles que têm preferência ou simpatia por partidos, 19% disseram que preferem o PT. Em seguida, entre os preferidos, estão MDB (7%), PSDB (6%); Psol, DEM, PC do B, PDT, PR, PPS, PSB, PSC, PSD, PTB, PV e Novo, com 1% cada.
* A pesquisa foi feita com 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2017. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Agência Brasil
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