Siqueira descarta reciprocidade Presidente do PSB diz que parceria com o PT em Pernambuco não depende de aliança nacional, na qual descarta estar junto com petistas ou tucanos

Aline Moura
aline.moura1@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 27/04/2018 09:00

A aliança entre PT e PSB em Pernambuco pode ser selada independentemente das candidaturas presidenciais do campo da esquerda. Pelo menos essa é a avaliação do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que descartou de forma categórica, por outro lado, a possibilidade de uma aliança nacional dos socialistas com petistas ou tucanos no primeiro turno. Siqueira avalia, inclusive, que o PT nacional é “exclusivista e autoritário” para abrir mão de lançar seu próprio candidato à Presidência da República.

Em entrevista ao CB.Poder, o presidente socialista também descartou a possibilidade de o governador de São Paulo, Márcio França, e de Paulo Câmara terem resistência a Joaquim Barbosa. França é alinhado ao grupo do pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, enquanto Paulo está com dificuldades de apoiar o exministro, em virtude da alta popularidade de Lula no Nordeste e no estado.

Para Siqueira, tanto o PSDB quando o PT nacionais sabem que o PSB não dará apoio a uma candidatura tucana ou petista na disputa pelo Palácio do Planalto. “Eu discordo visceralmente dessa avaliação (de que Márcio e Paulo são resistentes a Barbosa). Avalio da seguinte maneira. Nenhum deles disse: ‘não leve isso adiante’. E eu levei adiante durante sete meses. As alianças que eles estão fazendo estão feitas. Márcio tem 14 partidos ao lado dele, Paulo Câmara tem mais de dez. A aliança eventual que possa haver com o PT em Pernambuco não depende da candidatura presidencial. O PT sabe, assim como o PSDB também. Mesmo se não tivéssemos a candidatura de Joaquim Barbosa, não iríamos fazer aliança nacional nem com o PSDB nem com o PT”, cravou.

Indagado se havia chance de as legendas mais ligadas à esquerda terem uma candidatura única à Presidência, Carlos Siqueira descartou. “Acho difícil a união das esquerdas no primeiro turno. Acho que o PT terá candidato. O PT é um partido de natureza exclusivista e autoritário e sempre viu mais o PT do que o próprio país e, portanto, não vai se unir a outro partido”, comentou o socialista.