Levy aceitou convite para BNDES

Publicação: 13/11/2018 03:00

A assessoria de imprensa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, informou ontem que o economista Joaquim Levy aceitou o convite e será indicado para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Com extensa experiência em gestão pública, PhD em economia pela Universidade de Chicago, Joaquim Levy deixa a diretoria financeira do Banco Mundial para integrar a equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro”, diz a nota.

Segundo economistas, o fato de ele ter tentado fazer um ajuste fiscal em 2015, quando foi ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, é um sinal de que o BNDES vai trabalhar em linha com outros ministérios para avançar com o equilíbrio das contas públicas.

Uma das incumbências dadas a Levy por Guedes é de trazer mais recursos de instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird), para o BNDES. Além disso, quer que o banco amplie as captações internacionais e foque sua atuação na estruturação de privatizações, na área de infraestrutura e em inovação.

Com mais recursos vindos de fora, o BNDES poderia ampliar o montante a ser devolvido ao Tesouro Nacional no próximo ano, para ajudar a reduzir a dívida bruta do governo, uma das principais metas da política econômica traçada por Guedes. O planejamento do banco prevê a devolução de R$ 26 bilhões de recursos emprestados pelo Tesouro, mas a equipe econômica já indicou que gostaria de uma devolução maior.

Com amplo conhecimento nos assuntos fiscais dos Estados, Levy também deverá ter papel importante nas negociações para a construção de um plano de salvamento das finanças dos governos estaduais, já considerado inevitável. (AE)