Boulos afirma que Nunes é o "pai do apagão" de SP Em segunda entrevista, devido à desistência do opositor, Ricardo Nunes (MDB), Boulos (PSOL) teve tempo de sobra para criticar a falta de energia na capital

Publicação: 18/10/2024 03:00

O que deveria ter sido um debate do UOL/Folha/RedeTV!, ontem, tornou-se uma entrevista do candidato Guilherme Boulos (PSOL). Com a desistência de Ricardo Nunes (MDB), ainda no início da madrugada de ontem, por agenda extraordinária com o governador de São Paulo, o candidato de esquerda teve uma hora de entrevista concedida pelas regras do debate.

Guilherme Boulos em sua fala inicial, aproveitou para atacar o prefeito e o governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmando que Nunes é um fantoche de Freitas. “É lamentável, inclusive, ele se esconder embaixo da saia do Tarcísio. Meu adversário não é o Nunes, ele é um fantoche que representa interesses políticos de um projeto do governador que quer ter uma base aqui na capital pra usar de trampolim para deixar o governo e tentar a presidência”, frisou sobre a falta do rival.

O tema principal da entrevista, que consumiu a maior parte do tempo de uma hora de fala do candidato do PSOL foi o apagão. “Essa crise de apagões em São Paulo só vai acabar quando a gente tirar a Enel daqui e o Nunes da prefeitura. Esse apagão tem mãe e pai. A mãe é a Enel, uma empresa horrorosa, que presta um péssimo serviço e que, aliás, é uma excelente resposta para aqueles que acreditam que privatização é a solução para todos os problemas. Uma empresa privada que assumiu, piorou o serviço, tornou a conta mais cara, demitiu funcionários e por isso demora mais para restabelecer a energia”, criticou.

Sobre o tema do banimento de celulares nas escolas, Guilherme Boulos disse que é à favor da restrição em sala de aula, mas que tem que analisar  como isso deve ser feito, porque o celular e a internet podem ser usados como ferramentas de buscas atualmente. (Correio Braziliense).