Publicação: 28/12/2024 03:00
O advogado José Luís de Oliveira Lima, responsável pela defesa do general Walter Braga Netto, afirmou nesta sexta-feira (27) que solicitará à Polícia Federal (PF) uma acareação entre o cliente dele e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. O procedimento, que coloca frente a frente duas partes com versões conflitantes, busca esclarecer contradições e garantir maior transparência nas investigações.
A declaração foi feita durante entrevista à GloboNews, na qual Lima classificou Mauro Cid como um “mentiroso contumaz”, questionando a credibilidade do acordo de colaboração premiada homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu vou pedir uma acareação entre Braga Netto e Cid. Quero os dois ali, um na frente do outro”, afirmou o advogado.
De acordo com Lima, Cid mudou de versão ao longo de 11 depoimentos, acrescentando novos elementos em momentos cruciais para manter os benefícios do acordo de colaboração premiada. O advogado sugeriu que Cid teria sido coagido pelas circunstâncias, especialmente após passar 129 dias preso. “Como é que pode dar credibilidade a uma fala de um sujeito que mentiu o tempo inteiro e estava desesperado? Ele passou mais de 100 dias preso, e só assim conseguiu seu acordo de colaboração premiada”, afirmou Oliveira Lima.
NOVAS INVESTIGAÇÕES
A Polícia Federal (PF) pretende encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF), em janeiro, um relatório complementar relacionado ao inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em entrevista à CNN.
O relatório apresentará novos elementos colhidos após a conclusão do inquérito principal, incluindo provas e indícios obtidos por meio de operações de busca e apreensão. Entre as ações mais recentes estão depoimentos de membros da tropa de elite do Exército, conhecidos como “kids pretos”, além de uma nova oitiva do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que forneceu informações no contexto de seu acordo de colaboração premiada.
Outra operação importante envolveu buscas realizadas contra o general da reserva Walter Braga Netto e seu assessor, o coronel Flavio Peregrino. A PF também investiga movimentações financeiras suspeitas, incluindo o suposto repasse de valores em espécie, entregues em uma sacola de vinho, destinados aos “kids pretos”. A expectativa é de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente uma denúncia formal até março de 2025. Segundo autoridades, o julgamento desse caso pode ser finalizado ainda no decorrer do próximo ano. (Correio Braziliense)
A declaração foi feita durante entrevista à GloboNews, na qual Lima classificou Mauro Cid como um “mentiroso contumaz”, questionando a credibilidade do acordo de colaboração premiada homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu vou pedir uma acareação entre Braga Netto e Cid. Quero os dois ali, um na frente do outro”, afirmou o advogado.
De acordo com Lima, Cid mudou de versão ao longo de 11 depoimentos, acrescentando novos elementos em momentos cruciais para manter os benefícios do acordo de colaboração premiada. O advogado sugeriu que Cid teria sido coagido pelas circunstâncias, especialmente após passar 129 dias preso. “Como é que pode dar credibilidade a uma fala de um sujeito que mentiu o tempo inteiro e estava desesperado? Ele passou mais de 100 dias preso, e só assim conseguiu seu acordo de colaboração premiada”, afirmou Oliveira Lima.
NOVAS INVESTIGAÇÕES
A Polícia Federal (PF) pretende encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF), em janeiro, um relatório complementar relacionado ao inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em entrevista à CNN.
O relatório apresentará novos elementos colhidos após a conclusão do inquérito principal, incluindo provas e indícios obtidos por meio de operações de busca e apreensão. Entre as ações mais recentes estão depoimentos de membros da tropa de elite do Exército, conhecidos como “kids pretos”, além de uma nova oitiva do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que forneceu informações no contexto de seu acordo de colaboração premiada.
Outra operação importante envolveu buscas realizadas contra o general da reserva Walter Braga Netto e seu assessor, o coronel Flavio Peregrino. A PF também investiga movimentações financeiras suspeitas, incluindo o suposto repasse de valores em espécie, entregues em uma sacola de vinho, destinados aos “kids pretos”. A expectativa é de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente uma denúncia formal até março de 2025. Segundo autoridades, o julgamento desse caso pode ser finalizado ainda no decorrer do próximo ano. (Correio Braziliense)