por Ricardo Dantas Barreto
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Publicação: 19/06/2025 03:00
Muito se escuta que essa polarização entre lulistas e bolsonaristas está cansando, que seria o momento de surgir algo novo ou, pelo menos, não tão radical. O presidente Lula (PT) já não tem a mesma liderança, o afinco e nem uma equipe de peso como no passado. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou ao cargo, em 2018, num acaso da vida, depois de décadas sendo visto como um deputado de baixo clero. Mas, desde então, o País vive dividido entre essas duas pechas: lulismo e bolsonarismo. A nova pesquisa do Datacolha mostra que, além do empate entre Lula e Bolsonaro numa suposta disputa eleitoral, também igualam em percentuais de adeptos. Entre os entrevistados, 35% disseram que são petistas convictos e outros 35% afirmam ser bolsonaristas. De acordo com o Datafolha, 20% dizem ser neutros e 7% não responderam. O detalhe da pesquisa é que o índice de petistas caiu 4 pontos em relação à anterior, e os seguidores de Bolsonaro cresceram 4 pontos. Esses dados servem para balizar o que poderá acontecer daqui para a frente. O ex-presidente liberal está inelegível e a expectativa é de que seja preso por tentativa de golpe de estado. Porém, insiste que será candidato em 2026 e trava nomes que poderiam substituí-lo. Lula fez isso em 2018 e viu Fernando Haddad ser derrotado. Só que, mesmo afirmando estar disposto a não permitir que a extrema-direita volte à Presidência, o petista está numa situação altamente desfavorável. Não basta estar sentado na cadeira e com a caneta na mão. Bolsonaro tinha isso em 2022 e não foi reeleito.
Escola de Sargentos na pauta
A próxima etapa do Fórum Permanente de Infraestrutura de Pernambuco, organizado pela Fiepe, será em julho sobre a Escola de Sargentos do Exército. Representantes do setor industrial, dos governos Federal e Estadual serão convidados para tratar do assunto. O Fórum da Fiepe foi criado neste ano para cobrar o andamento de obras prioritárias.
Oposição reage
A Alepe aprovou por unanimidade as contas do ex-governador Paulo Câmara e, com isso, deputados do PSB afirmam que cai por terra a afirmação de que a governadora Raquel Lyra (PSD) encontrou Pernambuco em estado de caos. E que passou dois anos arrumando a casa.
“Paulo não teve tempo”
A prestação de contas de 2022 mostra que Paulo Câmara deixou um superávit de R$ 4,5 bilhões. Questionado sobre porque não gastou, o líder da oposição, Diogo Moraes (PSB), disse que o ex-governador foi impedido pela pandemia e não teve tempo para investir.
Reestruturação do INSS
O INSS deverá passar por uma reestruturação, na gestão do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. Ele pretende recriar a Ouvidoria e estudar a instalação de agências com estruturas menores para atendimento presencial. Atualmente, são cerca de 1.800 no Brasil e muitos imóveis não têm instalações adequadas.