Para CNI, tarifas dos EUA são injustificáveis

Publicação: 10/07/2025 03:00

A decisão do presidente Donald Trump foi recebida com preocupação pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a entidade, a medida não tem respaldo econômico e ameaça romper uma relação comercial histórica, estratégica e mutuamente benéfica entre os dois países. A CNI defende o diálogo como caminho prioritário para reverter a medida e diminuir os impactos à indústria brasileira. 

“Não existe qualquer fato econômico que justifique uma medida desse tamanho, elevando as tarifas sobre o Brasil do piso ao teto. Os impactos dessas tarifas podem ser graves para a nossa indústria, que é muito interligada ao sistema produtivo americano. Uma quebra nessa relação traria muitos prejuízos à nossa economia”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban. Ele defende a intensificação de negociações diplomáticas com os EUA para preservar os laços econômicos. 

Dados da CNI mostram que os EUA mantém superávit comercial com o Brasil há mais de 15 anos. Apenas na última década, os EUA acumularam saldo positivo de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens. A Confederação também rebateu o argumento de que o Brasil aplica tarifas excessivas. Em 2023, a tarifa efetiva aplicada pelo Brasil sobre produtos dos EUA foi de 2,7%. (Correio Braziliense)