Publicação: 14/06/2015 03:00
![]() | |
Técnico Gentil Cardoso comanda treino no Arruda |
A casa do Santa foi o ambiente que iniciou uma série de histórias curiosas. Muitas delas, foram encabeçadas pelo técnico Gentil Cardoso. Apesar de ser conhecido como um grande estudioso do esporte, ele decidiu inovar adotando medidas de caráter militar com o elenco.
“Gentil veio da Marinha. Ele obrigou a gente a cortar o cabelo no estilo militar e a aprender o hino nacional. Coisas diferentes que a gente não sabia”, relembra Zé Maria. “Ainda tivemos que viajar de terno. Era uma pessoa bastante exigente”, completa o ex-ponta esquerda Fernando José, aos 78 anos.
Os jogadores ainda tiveram que estudar outros fundamentos além do futebol. Gentil Cardoso levou um maestro aos treinos para ensinar o hino nacional. Ele ainda deu aulas sobre a história do Brasil com a intenção de que os atletas representassem bem o país também com as palavras. Outra medida curiosa foi a criação do oficial do dia na concentração. Ele era responsável por fiscalizar o que estava faltando para o elenco e até questões de horário.
Traje de gala
A exigência do terno acabou revelando alguns dos convocados da Cacareco. A lista ainda não havia sido divulgada quando o Diario de Pernambuco, em novembro de 1959, publicou uma matéria com dez jogadores que tiveram seus trajes para viagem autorizados a serem confeccionados pelo técnico Gentil Cardoso na Alfaiataria Mônaco.
Entre os jogadores com a roupa encomendada - e a convocação para a Seleção garantida -, estava Zé Maria, então volante do Sport. Os outros nove eram: Walter (goleiro), Edson (zagueiro), Dodô (meio-campo), Biu (meio-campo), Tião (atacante), Paulo (atacante), Moacir (atacante) que foi cortado por lesão, Clóvis (meio-campo) e Zequinha (zagueiro).
Saiba mais...
Causos da Cacareco