O ícone do pentatlo moderno

Publicação: 15/04/2017 03:00

A maioria dos brasileiros sequer sabia o que era o pentatlo moderno em 2012, ano em que Yane Marques trouxe para o país uma inesperada medalha de bronze na Olimpíada de Londres. A conquista deu visibilidade ao esporte, que saiu do zero, no Brasil, com a própria Yane, em 2003. Prova disso foi a expectativa criada em torno da sua participação na Rio-2016 e a grande quantidade de pessoas que se deslocou até o Complexo de Deodoro, onde foi realizada a competição. O resultado final (23ª colocação) não foi o esperado, mas ficou claro, ali, que a contribuição da pernambucana para a modalidade vai muito além de um pódio olímpico.

A trajetória dela se confunde com o início do pentatlo no Brasil. Ela treinava natação quando, em 2003, participou de uma prova de biatlo (corrida e natação) realizada justamente para selecionar atletas para um projeto de pentatlo moderno. A iniciativa foi do militar Alexandre França. A teoria dele era de que atletas oriundos da natação teriam melhores condições de desenvolver a corrida do que o contrário.

Yane comprovou que ele estava certo. “Cheguei nadando um tempo muito bom, pontuei bem alto e, na minha primeira competição, já fui campeã brasileira”, lembra. “Eu mal sabia as regras direito. A Confederação Brasileira havia acabado de ser criada. Não tinha nada até então.”

Yane colocou o Brasil no mapa mundial da modalidade, marcando presença nas principais competições. Em 2007, foi ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro. No ano seguinte, participava da primeira Olimpíada, em Pequim. Entre 2012 e 2015, uma série de resultados expressivos: depois da medalha olímpica, vieram uma prata (2013) e um bronze (2015) em campeonatos mundiais. Em janeiro deste ano, ela completou 33 anos. E admitiu o desgaste após anos de exigência do treino em alto nível. “Vou completar 20 anos nisso (conta o tempo em que começou na natação, aos 13). Não posso ser atleta para sempre. Conquistei meus objetivos, sou realizada profissionalmente”.

Em 2007, foi ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro. No ano seguinte, participava da primeira Olimpíada, em Pequim. Entre 2012 e 2015, uma série de resultados expressivos: depois da medalha olímpica, vieram uma prata (2013) e um bronze (2015) em campeonatos mundiais. Em janeiro deste ano, ela completou 33 anos. E admitiu o desgaste após anos de exigência do treino em alto nível. “Vou completar 20 anos nisso (conta o tempo em que começou na natação, aos 13). Não posso ser atleta para sempre. Conquistei meus objetivos, sou realizada profissionalmente”.

"Vou completar 20 anos nisso. Não posso ser atleta para sempre. Conquistei meus objetivos, sou realizada profissionalmente”
Yane Marques, pentatleta