DIARIO OLÍMPICO » Lendas que fizeram a mística olímpica Desde 1896, no começo da Era Moderna, Jogos Olímpicos tiveram atletas que superaram seus limites e cravaram feitos inesquecíveis

Marcos Leandro

Publicação: 17/06/2024 03:00

Avançam os dias, avançam as semanas, e cada vez mais vai aumentando a expectativa para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Faltam 39 dias para o maior evento esportivo do planeta, com abertura marcada para o dia 26 de julho.

Os olhares do mundo estarão voltados para as quadras, campos, arremessos, chutes, cortadas...saltos. E os atletas indo no limite para superar seus adversários e entrar para história. Desde 1896, em Atenas (Grécia), que marca o início da Era Moderna dos Jogos, alguns atletas obtiveram feitos que estão imortalizados na história.

Umas das primeiras lendas foi o finlandês Paavo Nurmi. Há 100 anos, na primeira Olimpíada sediada em Paris, em 1924, ele obteve cinco medalhas de ouro nos 1.500, 5.000, 3.000 em equipe e 10.000 metros croos individual e em equipe. Ele já tinha conquistado três ouros e uma prata na Antuérpia-1920 e faturou mais uma dourada e duas prateadas em Amsterdã-1928. Até hoje, é o terceiro maior medalhista de todos os tempos, com 12 premiações. Ele perde para a ginasta ucraniana Larissa Latynina - 18 medalhas (9 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze) nas Olimpíadas de 1956/1960/1964 - e para o recordista absoluto Michael Phelps (EUA), com incríveis 28 medalhas (23 de ouro, 3 de prata e 2 de bronze).

IRA DE HITLER
Nos anos de 1930, foi a vez de Jesse Owens entrar para o panteão olímpico. Negro, o norte-americano acabou com a ideologia de Adolf Hitler em Berlim-1936. Foram quatro ouros, nos 100, 200 e nos 4x100 metros. Além disso, venceu no salto em distância, para fúria do líder nazista, que deixou seu camorote no estádio olímpico para não ter que apertar as mãos do nobre Owens, neto de escravos que cresceu entre as plantações de algodão do Alabama.

Das pistas para as águas, um nome ecoou de forma brilhante nos Jogos de Munique em 1972. O norte-americano Mark Spitz pulverizou recordes e venceu sete provas: nos 100, 200 metros livres, 100 e 200 borboleta e os revezamentos 4x100 e 4x200 livres e 4x100 quatro estilos. Quatro anos antes, no México-1968, ele tinha conquistado dois ouros, uma prata e um bronze.

Quatro anos depois, foi uma romena que causou espanto. Nadia Comaneci, a menina prodígio que aos 14 anos tirou sete notas 10 na ginástica em Montreal 1976. O detalhe é que os cronômetros não estavam preparados para quatro dígitos, pois nunca tinha acontecido antes. Os 10 tiveram que ser adpatados para 1,00. Nadia obteve cinco medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e outra de bronze. Já em Moscou-1980, foram mais duas douradas e duas prateadas.

Voltando às pistas, outro grande nome do atletismo é Carl Lewis. Com um estilo próprio de correr, ganhou nove medalhas douradas em quatro Olimpíadas: quatro em Los Angeles-1984 duas em Seul-1988, duas em Barcelona-1992 e outra em Atlanta-1996. Ainda foi prata em Seul nos 200 metros.

Avançando mais a ampulheta, chegamos a dois dos maiores ícones do esporte olímpico: o jamaicano Usain Bolt e o norte-americano Michael Phelps.

Bolt venceu nos 100, 200 e no revezamento 4x100m em Pequim-2008. Ele também garantiu a  tríplice coroa em Londres -2012 e no Rio-2016, mas posteriormente perdeu o ouro do revezamento 4x100m em Pequim por conta de um dos atletas da equipe ter testado positivo no exame antidoping.

Porém, o mais icônico atleta olímpico é o norte-americano Michale Phelps. Com 28 medalhas, sendo 23 ouros, é o maior vencedor dos Jogos. A saga do nadadar começou em Atenas-2004 e foi até o Rio, em 2016.