DIARIO ESPORTIVO » O que esperar?

por Beto Lago
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Publicação: 22/05/2025 03:00

Neste domingo, a CBF passará por uma significativa troca de liderança. Samir Xaud, filho de Zeca Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol há mais de 40 anos, se tornará o novo presidente da CBF. Em um cenário onde a transição ocorre no meio de sérias acusações contra o atual presidente, Ednaldo Rodrigues, que deixa o cargo sob suspeitas de falsificação de assinaturas, muitos torcedores e dirigentes esperam que a mudança traga, ao menos, um sopro de esperança para a entidade. Mas, não consigo acreditar nisso. Samir Xaud explanou que deseja restaurar a confiança no órgão máximo do futebol brasileiro. Além da urgência em assegurar um mandato sem escândalos, há uma clara demanda por modernização na gestão esportiva. Clubes e federações clamam por reformas estruturais que promovam maior transparência e governança no futebol nacional, um aspecto que tem sido historicamente negligenciado. Entretanto, a transição também traz desafios. Muitos presidentes de clubes expressaram preocupação com a falta de tempo para discutir e entender o novo modelo de gestão que irá emergir sob a liderança de Xaud. Ao mesmo tempo, os dirigentes das federações tentam manter sua influência e relevância no novo arranjo institucional. O novo presidente enfrentará um chão minado, recheado de disputas e pressões, sem uma extensa experiência em um ambiente tão carente de ética e clareza como o do futebol.

Falta experiência
A crítica à CBF não é recente. Desde a era de Ricardo Teixeira, que começou no final da década de 1980, a entidade está envolta em controvérsias. Há temores de que Samir Xaud se junte à lista de líderes que operam a partir de gabinetes, sem o entendimento necessário dos bastidores do esporte. Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, levantou uma preocupação válida: a falta de experiência prática em campo pode limitar a visão do futuro presidente.

Hélio dos Anjos nas entrevistas
O Náutico segue cometendo um erro enorme. A ausência do treinador Hélio dos Anjos nas coletivas pós-jogo, novamente, levantou questões sobre a comunicação, especialmente após uma partida tão relevante contra o São Paulo. A falta de uma declaração direta do comandante decepcionou torcedores ansiosos por ouvir suas análises sobre a equipe.

As funções de cada um
Durante uma reunião do Conselho do Sport, terça-feira, os novos gestores do futebol, Enrico Ambrogini e Thiago Gasparino, apresentaram sua visão para o setor. Enrico fica responsável pela gestão do futebol como um todo, enquanto Thiago foca na prospecção de atletas e nas demandas do elenco. Gasparino reconheceu a qualidade do elenco e descartou qualquer tipo de desentendimentos internos. Ele se mostrou otimista ao afirmar que conversou com as lideranças do time e não encontrou evidências de rachas, embora não tenha ignorado o “incômodo” com a atual fase do clube, onde ecoa a insatisfação da torcida.