Juntos e bem longe dos vícios
Pesquisa mostra que os relacionamentos afetivos fazem com que os casais reduzam consumo de álcool, cigarro e drogas ilícitas
Publicação: 28/06/2012 03:00
Tarcísio e Fernanda modificaram os hábitos já na gravidez do filho: %u201CO foco mudou%u201D, diz Tarcísio |
A pesquisa analisou 909 estudantes dos ensinos fundamental e médio de 10 escolas públicas norte-americanas e os acompanhou por até dois anos após o término do ensino médio. Segundo a psiquiatra e coordenadora do Cisa, Camila Magalhães, os grupos foram divididos nas seguintes categorias: casamento, coabitação sem casamento, namoro sem coabitação e solteiros. “Também foram investigadas a interação com o uso de drogas pelo parceiro e a qualidade do relacionamento”, diz.
O resultado chama a atenção porque geralmente os estudos abordam relacionamentos mais sérios (casamento ou morar junto) como fatores protetores. Ainda não tinha sido comprovado que o namoro também poderia exercer tal efeito. “Um dos resultados mais interessantes foi que o simples fato de namorar já surte um efeito protetor com relação ao uso de álcool e da maconha.
A especialista explica que o uso de álcool é influenciado por diferentes motivos, como gênero, fatores sociais, econômicos e genéticos, mas há o peso das “responsabilidades” quando a relação fica mais consolidada. Antes de seu filho nascer, Tarcísio Xavier, 33 anos, e Fernanda Laube, 28, tinham como principal entretenimento ir a bares. “Se deixasse, a gente bebia quase todos os dias”, lembra Fernanda. Com o nascimento de Tharso, agora com 2 anos, o consumo teve que diminuir. “Primeiro, ela ficou grávida. Então, como não podia beber, eu acabei diminuindo para acompanhá-la. Depois que ele nasceu, o foco foi outro e o consumo diminui ainda mais”, explica Tarcísio. (Do Correio Braziliense)