Caminho difícil para os pedestres Problemas em toda a extensão da Estrada de Aldeia dificultam locomoção de quem anda a pé ou de bicicleta pelo bairro

Publicação: 20/07/2014 03:00

Caminhar à margem da rodovia exige disposição para enfrentar lama e buracos (CASSANDRA BRITO/ ESP DP/DA PRESS)
Caminhar à margem da rodovia exige disposição para enfrentar lama e buracos
Acostamento tomado por crateras e vegetação alta, falta de preservação, pouca sinalização e insegurança para pedestres e ciclistas. Esse é o cenário encontrado por quem circula diariamente pela PE-27, a Estrada de Aldeia, principal acesso ao bairro situado na cidade de Camaragibe. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a rodovia tem 14,5 quilômetros, nove semáforos e redutores de velocidade em dois pontos, nos quilômetros sete e dez. Os números, no entanto, não correspondem à realidade de quem mora ou trabalha no local.

Cristiane Galdino, 38 anos, mora em Aldeia e trabalha vendendo frutas há 27 anos no quilômetro 10, um dos trechos mais movimentados da via. A comerciante conta que os acidentes fazem parte da rotina do local e que apenas pequenos reparos têm sido feitos nos últimos anos. Para Cristiane, apesar dos acidentes, a situação é ainda pior sob a perspectiva do pedestre. “No fim de semana, que a movimentação de carros aumenta por aqui, a gente passa até 20 minutos para conseguir atravessar. Um semáforo faz muita falta”, reclama.

Morador de Aldeia há 12 anos, José Geraldo Silva concorda com Cristiane, mas não estranha a falta de atenção dada a quem precisa se locomover a pé pela rodovia. “Aqui moram políticos, ex-políticos, juízes, desembargadores e qualquer problema na pista em si é resolvido rapidamente, porque essas pessoas passam por aqui de carro. Mas a situação é bem diferente para pedestres e ciclistas e no inverno é muito mais complicado, principalmente nos primeiros quilômetros”, relata.

Segundo o DER, serviços de capinação, limpeza de bueiros drenagem e pequenos reparos na pista e no acostamento devem começar em agosto. A pavimentação do acostamento, no entanto, não seria de responsabilidade da mesma equipe e o DER não indicou o setor competente.

O coordenador de transporte e trânsito do DER, Carlos Jatobá, explicou que não é possível fazer qualquer intervenção sem estudos preliminares. “Todas as vezes que recebemos uma solicitação, encaminhamos aos técnicos e uma análise é feita. Não podemos simplesmente colocar semáforos ou lombadas, isso poderia travar o trânsito, que já é intenso, mas isso é algo que monitoramos sempre”, explicou.

A assessoria do DER informou ainda que estudos técnicos estão sendo feitos para embasar a elaboração de um projeto para a área e que o orçamento para a execução das obras está previsto para 2015.