por jaílson da paz
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Publicação: 01/07/2014 03:00
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De tão comuns, as fiações desordenadas pelas ruas do Recife e Olinda começam a ser encaradas como elementos naturais. A naturalização cresce com a descrença dos moradores em ver o problema solucionado e a ausência de projetos para enfrentá-lo, o que é lamentável. Se para nós o emaranhado de fios incomoda visualmente, para turistas sugere descuido com as cidades. Diante do problema, ouvi turistas aparentemente incrédulos com algo que, no entender deles, seria de fácil resolução.
E falavam do assunto acobertados de razão, como fica comprovado com a realidade de ruas e avenidas dos bairros do Recife, Santo Antônio e Boa Vista, na capital, e do entorno do Alto da Sé, em Olinda. Seria de bom tamanho se o excesso de fiação fosse restrito às regiões históricas, contudo engloba bairros ricos e pobres. Enfeia a paisagem e amplia a insegurança em vias públicas. Em alguns lugares, os fios, a exemplo da Rua Francisco da Cunha, em Boa Viagem, são amarrados aos postes de energia elétrica para evitar tropeços dos traseuntes. Por excesso de peso, a fiação fica a menos de dois metros de altura em inúmeros pontos das cidades, o que pode levar a acidentes e alertam governos municipais ainda tímidos frente às teias de fios.
Anulação
Ainda no papel, o Arco Viário Metropolitano vem crescendo em polêmicas. A primeira surgiu com o adiamento do início das obras e a segunda com a suspensão pelo governo federal, em março, do processo licitatório. O Conselho de Defesa Ambiental de Aldeia (Codeama) acrescentou uma. Ele representou o Ministério Público Federal para que peça a anulação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do arco.
Embargo
Na representação ao Ministério Público Federal, o Codeama pede o embargo de qualquer rodovia que modifique o meio ambiente de Aldeia, área distribuída em sete municípios. O conselho alega que o RIMA omite a legislação estadual das reservas ecológicas e das zonas de conservação da vida silvestre das Matas de Meretibe e da Usina São José. O arco será um contorno rodoviário da Região Metropolitana.
Silvestres
Desde o final de abril deste ano, o Setor de Gestão de Fauna da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) contabilizou a entrega voluntária de 230 animais silvestres, o que representa uma média aproximada de três animais por dia. Corujas, gaviões, bichos-preguiça e jacarés integram a lista de entregas, que estão sob responsabilidade da CPRH devido a acordo de cooperação com o Ibama.
Mulheres
Antes tarde do que nunca. Entre os mais beneficiados pelo Complexo Industrial Portuário de Suape, Ipojuca entra na lista dos municípios pernambucanos com centros de referência para atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e sexista. A unidade, a ser inaugurada hoje no centro da cidade, terá equipe multidisciplinar formada por quase vinte profissionais.
Xambá
Pela importância cultural e religiosa, a Câmara Municipal de Olinda fará homenagem acertada à Mãe Biu, nome com o qual ficou conhecida a yalorixá Severina Paraíso da Silva. Mãe Biu, falecida em 1993 e responsável por resgatar o único terreiro da Nação Xambá em Pernambuco, completaria 100 anos no último domingo. A homenagem será às 19h desta quarta-feira.