Madrugada de terror em Correntes Bandidos explodiram agências bancárias, fizeram reféns, trocaram tiros com a polícia e ainda bloquearam estradas com caminhões incendiados. Duas pessoas foram baleadas

Publicação: 31/01/2015 03:00

Caminhões com galinhas foram queimados e usados para bloquear duas estradas (BLOG AGRESTE VIOLENTO/CORTESIA)
Caminhões com galinhas foram queimados e usados para bloquear duas estradas

Moradores de Correntes, no Agreste pernambucano, viveram momentos de pânico na madrugada de ontem. Cerca de 20 homens renderam a polícia, fizeram passageiros de um ônibus reféns e usaram dinamite para detonar caixas eletrônicos de duas agências bancárias.

Em seguida, os bandidos tomaram de assalto quatro caminhões carregados de galinhas vivas, incendiaram os veículos - matando as aves - e os utilizaram para bloquear os acessos à cidade pelas rodovias PE-218 e BR-424. Na fuga, houve troca de tiros entre bandidos e a polícia, mas ninguém foi preso até o fechamento desta edição.

A ação criminosa começou por volta das 3h. Divididos em três grupos, os bandidos seguiram em motos e carros usando fuzis e cobertos com roupas e capuzes pretos. Parte da quadrilha seguiu para o Bradesco e o Banco do Brasil, ambos localizados na Praça Agamenon Magalhães, no centro da cidade, localizada a 257 km do Recife. De acordo com a polícia, eles arrombaram os estabelecimentos bancários e depois usaram os explosivos.

Tiros e feridos
Um ônibus que fazia transporte de pacientes em tratamento com destino ao Recife também foi parado e os passageiros tiveram que ficar em frente à agência. Durante a investida, o proprietário de um dos caminhões ficou sabendo do roubo e decidiu, de carro, procurar a polícia. No caminho, foi surpreendido pelos criminosos. Ele levou um tiro no braço, e a mulher dele levou um na perna.

“Foi uma madrugada de correria, tiros e gritaria”, descreveu um morador, que lembrou que ontem seria dia de pagamento e que um carro-forte havia abasteceu os bancos no dia anterior. As agências tiveram que ser interditadas e agora os moradores terão que viajar ou usar correspondentes bancários para fazer operações.