Celas mofadas foram detectadas em vistorias

O resultado do relatório elaborado pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, revelou problemas em unidades prisionais de Pernambuco. Os dados, obtidos após visitas em abril de 2024, à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, à Colônia Penal Feminina de Buíque e o Presídio de Igarassu identificaram problemas estruturais como a construção de “gavetas mortuárias” (pavilhões estreitos, no formato de “estantes” que se assemelham a gavetas), além de falta de água, celas mofadas, sem ventilação adequadas.

Também foi denunciado pelo (MNPCT) a presença da figura dos “chaveiros”, presidiários que assumiam a segurança com o consentimento de agentes do estado. A comercialização de celas e mercados paralelo também foram realidades vistas pelas inspeções realizadas nas unidades prisionais. A violência dos agentes penais, com o uso de balas borrachas e spray de pimenta, também constam no relatório. Casos de violências sexuais, feitas pelos próprios presos, também são realidades nas unidades.