Morre o colunista social Alex José de Souza Alencar começou a carreira no Diario, no início dos anos 1950, como crítico de cinema. Ele era alagoano e tinha 88 anos

Publicação: 25/01/2015 03:00

O jornalista e colunista social José de Sousa Alencar, mais conhecido como Alex, de 88 anos, foi sepultado na tarde deste sábadol no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. Cerca de 50 pessoas entre familiares, amigos e curiosos estiveram presente no local. Houve muito silêncio e, após ser enterrado, uma salva de palmas marcou o ultimo momento do jornalista.
O filho adotivo de Alex, Romero Rodrigues, de 51 anos, lembrou com carinho do pai. “Aprendi muito com ele. Aprendi a acolher o próximo e a respeitar todo mundo. Agradeço muito por ele ter me acolhido”, disse. Entre os amigos, o que se ouvia era apenas boas recordações. O artesão Elias Sultanum, de 71 anos, foi uma dessas pessoas. “Alex foi um dos grandes cronistas de Pernambuco. Era amigo de todo mundo. Sempre tinha grandes histórias para contar”, relatou.
O cronista social faleceu na madrugada de sábado, no Hospital Santa Joana, no Recife. A causa da morte foi falência múltiplas dos órgãos. O corpo foi velado durante todo o sábado na Igreja São Vicente de Paula, na Boa Vista, em frente à casa onde morou.
Alagoano de Água Branca, estreou no jornalismo no Diario de Pernambuco, no início dos anos 1950, como crítico de cinema e com o pseudônimo de Ralph. Além de trabalhar no Diario, Alex assinou a coluna social do Jornal do Commercio entre os anos de 1958 e 1997, e também atuou na Folha de Pernambuco. Entretanto, nos dois últimos anos estava afastado porque tinha Alzheimer. O jornalista era também membro da Academia Pernambucana de Letras e autor de cinco livros.
O governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, enviaram notas de pesar. “Perdemos uma referência do jornalismo pernambucano. Alex teve uma trajetória longa e atuante, formando novas gerações e ajudando a construir páginas importantes da história da nossa imprensa. No entanto, talvez o aspecto mais marcante de Alex, nos últimos anos, tenha sido sua determinação em continuar no batente, em continuar escrevendo, paixão que transformou em profissão”, disse Paulo Câmara.