Publicação: 08/11/2015 03:00
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Gustavo foi escolhido entre cerca de 10 mil bebês de todo o Brasil, em um concurso que considerava beleza, simpatia e expressão |
“Baby campeão” era o título do texto abaixo da foto em preto e branco. A página ainda é guardada pela família Buril Manguinho. Gustavo é engenheiro civil, tem 50 anos e dois filhos: Raphael, de 17 anos, e Tathiana, de 13. “Meu avô (o advogado Tavares Buril) sonhava em ter um filho homem e só tinha três mulheres. Minha mãe foi a primeira a engravidar. A inscrição no concurso foi ideia dele para mostrar a todos o neto”, revela Gustavo.
Na década de 1960, os pais eram estimulados pela empresa de produtos para bebês a enviar cartas com fotos de crianças nas mais variadas poses: engatinhando, chupando o dedo do pé, sentado no troninho, fazendo caretas, deitadas na grama. A Johnson & Johnson recebia mais de 10 mil cartas por ano. Os critérios que determinavam a escolha do Bebê Johnson eram beleza, graça, proporção altura/peso, saúde, simpatia e expressão. O concurso existiu até 1969.
“Minha mãe tem muito orgulho. Há dois anos, ela (que hoje tem 70 anos) me entregou a página do Diario e o certificado Bebê Johnson, que guardava desde o concurso. Os ‘documentos’ dessa história ficaram sob meus cuidados desde então”, afirma.