Descoberta teve início em 2014

Publicação: 25/04/2016 03:00

Caio criou equipamento capaz de irradiar luz nos tecidos (RICARDO FERNANDES/DP)
Caio criou equipamento capaz de irradiar luz nos tecidos
O crescimento do diabetes no mundo não condiz com os cuidados da população. No Recife, 7,6% dos jovens já são diagnosticados com a doença. Entre a população adulta, 18% mantêm a alimentação rica em açúcar, um fator que pode incidir no risco de desenvolver a doença crônica, tema do Dia Mundial da Saúde deste ano. Essa conjuntura iluminou as ideias do empreendedor Caio Guimarães, jovem cuja história foi contada em primeira mão pelo Diario, em novembro de 2014.

Naquela época, Caio havia regressado dos Estados Unidos, onde passou uma temporada estudando no Wellman Center, laboratório de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Foi em um dos mais importantes centros de pesquisa mundial que ele desenvolveu os equipamentos capazes de irradiar luz nos tecidos humanos para matar micro-organismos imunes a tratamentos comuns.

Caio pretendia continuar os estudos no Brasil, para diminuir a incidência de infecções hospitalares. Foi do encontro com os professores do Instituto de Ciências Biológicas da UPE e da parceria com a Yunus Negócios Sociais, depois da Campus Party, que surgiu a BeOne, empresa responsável pelas pesquisas com os diabéticos.

“Chegamos a receber propostas de grupos interessados na tecnologia, mas desde o princípio tínhamos a ideologia de dar uma função social ao que estávamos estudando. Então, percebemos que tratar feridas de diabéticos era uma necessidade real e que podería ser viabilizada de forma rápida”, conta Caio. Além de executar os protótipos para o tratamento de pé diabético, o grupo pretende expandir os estudos sobre fototerapia para outras áreas no futuro.