Maurício de Nassau e seu legado no Brasil Conde europeu governou o Brasil Holandês durante sete anos e promoveu grandes mudanças

Publicação: 10/04/2016 03:00

Ele passou sete anos no Brasil até voltar para a Europa depois de ter sido demitido pela Companhia das Índias por não saber economizar nas despesas. O conde João Maurício de Nassau, que governou o Brasil Holandês, chegou ao país em 1637 e foi embora em 1644, saindo daqui com muito mais dinheiro do que quando chegou. Porém sua passagem pelo país não serviu apenas para que ele fizesse fortuna. Nassau fez obras durante seu governo que o deixaram conhecido até os dias atuais. No Recife, construiu dois palácios, um jardim zoobotânico e duas pontes. A história dele é a quinta do projeto Pernambuco, História & Personagens, que publicará semanalmente um fascículo da construção da história do nosso estado.
Quando chegou ao Brasil, aos 33 anos, as primeiras ações desenvolvidas por Nassau foram no campo militar, devido à sua experiência como soldado. Teve sucesso em muitas disputas mas também foi derrotado em outras. Primogênito do segundo casamento de D. João VII, senhor de Nassau, um condado do sacro império Romano-Germânico, com a princesa D. Margarida. No entanto, o conde tinha outros 12 irmãos do primeiro casamento do seu pai. Nassau lutou para conquistar os corações e mentes dos brasileiros. Promovendo uma política de paz e conciliação, ele conseguiu impedir perseguições religiosas e também protegeu índios e escravos, quando possível.
Na política, deu vez e voz aos artesãos e comerciantes, coisa antes só permitida aos grandes proprietários de terra. Esses, por sua vez, tiveram facilidades para fazer empréstimos com a finalidade de reativar o parque açucareiro. Nassau, caso não fosse nobre, poderia facilmente trabalhar com arquitetura.  
Os detalhes sobre a passagem de Nassau pelo Brasil serão publicados amanhã, no caderno de Local. A reportagem faz parte de uma parceria do Diario com o governo do estado, para reverenciar o bicentenário da Revolução de 1817. Até o próximo ano, toda segunda-feira, serão publicadas reportagens coordenadas pelo jornalista e escritor Paulo Santos. O leitor poderá colecionar as edições e, ao fim, trocar tudo por uma produção encadernada.