Publicação: 14/01/2017 03:00
De 1985 até a década de 1910, o domínio político de Garanhuns e região esteve nas mãos das famílias Jardim e Miranda. Com a morte do coronel Luís Afonso de Oliveira Jardim, em 1905, seu irmão Manoel Antônio de Azevedo Jardim assumiu a liderança política. No entanto, a partir de 1912, a política passou a ser comandada pelo coronel Júlio Brasileiro, que ganhou duas eleições para prefeito, não assumindo o segundo mandato porque foi assassinado. Até janeiro de 1917, Julistas e Jardinistas viviam numa disputa política pacífica, que acabou sendo atiçada por um ato isolado do capitão Sales Vila Nova. Hoje, a paz voltou ao município.
Para marcar os 100 anos do dia mais violento da história de Garanhuns, descendentes das famílias Jardim e Brasileiro estiveram reunidos na Comissão do Memorial do Centenário da Hecatombe de Garanhuns. “A comissão teve o reconhecimento do atual prefeito, que fez um projeto de lei para que as bandeiras da cidade fiquem a meio mastro todos os dias que se comemorar a hecatombe e que seja celebrada uma missa em sulfrágio das almas dos que se foram. Somente da minha família foram três mortos”, conta Luís Afonso Jardim. Da família dele morreram Manoel Jardim, Gonzaga Jardim e Francisco Velloso, casado com uma irmã de Manoel.
O funcionário público Glauco Brasileiro de Lima, 43, é sobrinho-neto de Júlio Brasileiro. Apesar de carregar o sobrenome, ele afirma que o ódio e a disputa do século passado ficaram para trás. “A morte de Júlio Brasileiro acabou provocando a Hecatombe de Garanhus, uma história manchada da nossa cidade, e que está fazendo 100 anos. Mas não vamos comemorar nem soltar fogos. Essa é uma data onde vamos abraçar as famílias. Hoje vivemos em paz, não existem mais brigas entre as famílias que foram vitimadas”, ressalta Glauco.
Neste domingo, às 7h30, haverá uma “caminhada da paz” pelas ruas da cidade. Às 9h, será afixada uma placa na loja da Compesa, onde era a cadeia pública, indicando o que aconteceu no século passado. Às 10h, será realizado um culto na Igreja Presbiteriana Central e às 19h, uma missa na Catedral de Santo Antônio.
Para marcar os 100 anos do dia mais violento da história de Garanhuns, descendentes das famílias Jardim e Brasileiro estiveram reunidos na Comissão do Memorial do Centenário da Hecatombe de Garanhuns. “A comissão teve o reconhecimento do atual prefeito, que fez um projeto de lei para que as bandeiras da cidade fiquem a meio mastro todos os dias que se comemorar a hecatombe e que seja celebrada uma missa em sulfrágio das almas dos que se foram. Somente da minha família foram três mortos”, conta Luís Afonso Jardim. Da família dele morreram Manoel Jardim, Gonzaga Jardim e Francisco Velloso, casado com uma irmã de Manoel.
O funcionário público Glauco Brasileiro de Lima, 43, é sobrinho-neto de Júlio Brasileiro. Apesar de carregar o sobrenome, ele afirma que o ódio e a disputa do século passado ficaram para trás. “A morte de Júlio Brasileiro acabou provocando a Hecatombe de Garanhus, uma história manchada da nossa cidade, e que está fazendo 100 anos. Mas não vamos comemorar nem soltar fogos. Essa é uma data onde vamos abraçar as famílias. Hoje vivemos em paz, não existem mais brigas entre as famílias que foram vitimadas”, ressalta Glauco.
Neste domingo, às 7h30, haverá uma “caminhada da paz” pelas ruas da cidade. Às 9h, será afixada uma placa na loja da Compesa, onde era a cadeia pública, indicando o que aconteceu no século passado. Às 10h, será realizado um culto na Igreja Presbiteriana Central e às 19h, uma missa na Catedral de Santo Antônio.