Novo Armazém 14 será aberto após o carnaval Urbanização do porto completa cinco anos com inauguração de espaço que sediará casa de eventos

Tânia Passos
tania.passos@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 15/02/2017 03:00

Armazém será o sétimo inaugurado na região (PEU RICARDO/ESP.DP)
Armazém será o sétimo inaugurado na região

Há cinco anos, a zona portuária do Recife começava a ser redesenhada. O projeto de urbanização da área não operacional do porto, que compreende 1,3 km, foi destinado a fazer dessa região histórica um centro de cultura, lazer e negócios. Dos seis armazéns dispobilizados à iniciativa privada, o de número 9 foi destinado a escritórios. Já o 12 e o 13 abrigam bares e restaurantes. O Armazém 14, que está sendo reformado, sediará uma casa de eventos a ser inaugurada após o carnaval. Por fim, os armazéns 16 e 17 abrigarão um hotel marina com sete pavimentos e 240 leitos. De acordo com a empresa Porto Novo, o empreendimento aguarda liberação de licenças para iniciar as obras.

Além da iniciativa privada, outros equipamentos instalados na zona portuária integram a infraestrutura urbana do local: o Terminal Marítimo, a Central de Artesanato e o Cais do Sertão. “O bairro também passou a receber eventos que atraem um público maior e o turismo é beneficiado com a chegada dos navios com mais turistas”, revelou a gerente financeira da Porto Novo, Marina Barros. A empresa assinou contrato de 25 anos com o governo do estado para explorar os espaços de seis armazéns.

Para o urbanista Geraldo Marinho, a revitalização é positiva, mas ele faz algumas ressalvas. “Como o investidor decide a forma de ocupação, não necessariamente será bom para a cidade, a exemplo do estacionamento no térreo do Armazém 9, que poderia ser um espaço de convivência, e do estacionamento ao lado do armazém 14, onde se previa antes uma praça.”

“A forma de ocupação está dentro da linha que já havia sido pensada para o projeto, que inclui gastronomia, atividades de cultura e escritórios”, pontuou Marina.

O projeto de urbanização vai da antiga Ponte Giratória às imediações do Museu do Brum. Foi orçado em R$ 25 milhões, com recursos do governo do estado, e teve sinal verde na gestão de Eduardo Campos. A integração urbana permitiu, por exemplo, a remoção da antiga grade que separava a área portuária da Avenida Alfredo Lisboa. No lugar da grade, foi feito um calçadão. O projeto previa também passagens de nível para pedestres, para funcionar como redutores de velocidade na Alfredo Lisboa.