Protesto marca audiência no fórum

Publicação: 07/04/2017 03:00

Manifestantes seguraram cartazes contra violência (Peu Ricardo/DP )
Manifestantes seguraram cartazes contra violência
A pressão social funcionou. Pelo menos até agora. Amigos, parentes e pessoas ligadas a movimentos feministas passaram parte do dia de ontem em frente ao Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, para pedir a decretação da prisão preventiva de Edvan da Silva durante a audiência de custódia. No fim do dia, a notícia esperada pelos manifestantes: a juíza Blanche Maymone Pontes Matos decidiu pela conversão da prisão em flagrante em preventiva.

O protesto começou às 11h, com cartazes que diziam #somostodosmirella e “Mexeu com uma mexeu com todas”. O momento mais tenso aconteceu na chegada do suspeito, em um carro do DHPP. A polícia escoltou ele por outro acesso e despistou o grupo. Houve correria em direção à escolta e as pessoas gritaram muitas palavras de ordem, entre elas “Justiça no Brasil protege assassino”, em referência ao fato de Edvan ter entrado no fórum por outro acesso.

Quando um veículo do sistema penitenciário chegou, manifestantes imaginaram que o suspeito estivesse lá. Um grupo bateu nos vidros, jogou garrafas plásticas e cartazes contra o veículo. Tia de Mirella, Solange Cordeiro, 54, chegou cedo ao fórum. “Queremos que o juiz tenha consciência da brutalidade desse crime”, disse.

Celeste Barros, 55, artesã e mãe de uma amiga de Mirella, fez um desabafo: “Tenho uma filha da mesma idade. Peço para ficar em casa. Mas como ficar em casa se Mirella morreu em casa de forma tão cruel?”, questionou.