Reforma pedida na Justiça

Publicação: 03/05/2018 09:00

O coronel Cássio Sinomar, secretário de Defesa Civil do Recife, destacou que não pode autorizar a desinterdição dos imóveis enquanto as reformas não forem feitas pelos proprietários. “Os dois imóveis (diretamente atingidos) já têm processos na Justiça, movidos pela prefeitura, exigindo reforma. Nos cabe dar suporte emergencial às famílias, ver o que elas precisam, como abrigo, colchões e cestas básicas. As pessoas que se sentiram prejudicadas precisam mover ações judiciais contra os donos dos imóveis”, disse.

“A gente não pode abrir o prédio porque temos que garantir a segurança. Se a pessoa entra, tem que assumir a responsabilidade pelo que pode acontecer”, acrescentou. O coronel disse, ainda, que não cabe ofertar auxílio-moradia nesse caso, por se tratar de situação privada.

Na mesma rua do casarão que caiu, um outro prédio antigo, aparentemente abandonado, também estaria em risco de desabamento, segundo os moradores. Mais adiante, na Rua da Glória, também há prédios em mau estado. Um deles chegou a ser derrubado pela prefeitura após autorização da Justiça e outro sofreu um incêndio que matou um casal de idosos. Cássio Sinomar disse que, normalmente, após o registro de desabamentos, cresce o número de pessoas em busca de vistorias.

“Atendemos de acordo com a demanda, que varia a cada semana. Muitas vezes, tiramos dúvidas por telefone. Qualquer suspeita pode ser comunicada”, destacou. O número do órgão é 0800-081-3400. Ao constatar risco em uma edificação, a Defesa Civil informa o responsável sobre a situação e, em paralelo, encaminha o caso para o controle urbano fazer o processo administrativo, notificar e multar, se for preciso. Se a questão não for resolvida, o caso é judicializado.