Publicação: 20/06/2018 03:00
O trabalho começou lento. Era como buscar algo valioso em meio a um patrimônio arqueológico. Vem dando certo. Tânia Maria Mendes foi vice-diretora da ONG Obra Social Santa Maria (Ossam), em Timbaúba, durante 35 anos. Um dia, teve a ideia de buscar no Facebook as crianças que passaram pela entidade. Já conseguiu reunir 220 delas. A cada encontro virtual, a professora sente um imenso prazer em ver os ex-alunos e alunas na universidade ou longe da fome que assolava muitas famílias.
A ONG tentava dar um norte para as crianças terem outras alternativas, que não o trabalho mal-remunerado no serviço doméstico. Lucivânia Maria da Silva, 31, formou-se em letras e hoje ensina na Escola de Referência em Ensino Médio Jornalista Jáder de Andrade. Além dela, também chegaram à universidade mais três irmãos e irmãs, de um total de dez. “Nossa mãe foi nossa base. Trabalhou muito para a gente estudar. Na ONG a gente tinha segurança, alimentação, educação”, lembra. Adriana Maria da Silva, 28, irmã de Lucivânia ensina matemática e química na mesma escola. “A gente tinha educação para a vida, não só acadêmica.”.
Tânia também quer escrever um livro sobre sua experiência. “Quero escrever sobre as mães daquela época. Elas tinham muita garra e tiveram um papel fundamental no destino dos filhos. As mães acreditavam na mudança dos filhos através da educação, mesmo sendo analfabetas”, pontua a professora, que viu muitas crianças morrerem em virtude da pobreza, com fome. Tânia não pretende parar tão cedo com suas buscas e planos de escrever. Esse sim é seu alimento hoje.
A ONG tentava dar um norte para as crianças terem outras alternativas, que não o trabalho mal-remunerado no serviço doméstico. Lucivânia Maria da Silva, 31, formou-se em letras e hoje ensina na Escola de Referência em Ensino Médio Jornalista Jáder de Andrade. Além dela, também chegaram à universidade mais três irmãos e irmãs, de um total de dez. “Nossa mãe foi nossa base. Trabalhou muito para a gente estudar. Na ONG a gente tinha segurança, alimentação, educação”, lembra. Adriana Maria da Silva, 28, irmã de Lucivânia ensina matemática e química na mesma escola. “A gente tinha educação para a vida, não só acadêmica.”.
Tânia também quer escrever um livro sobre sua experiência. “Quero escrever sobre as mães daquela época. Elas tinham muita garra e tiveram um papel fundamental no destino dos filhos. As mães acreditavam na mudança dos filhos através da educação, mesmo sendo analfabetas”, pontua a professora, que viu muitas crianças morrerem em virtude da pobreza, com fome. Tânia não pretende parar tão cedo com suas buscas e planos de escrever. Esse sim é seu alimento hoje.