Em terra onde São José é padroeiro, Santo Antônio também tem o máximo respeito da população. Prova disso é que, há dois anos, Carpina ganhou um feriado somente para celebrar o santo tido historicamente como casamenteiro. Além do município, somente Tracunhaém tem feriado dedicado ao mesmo santo na Diocese de Nazaré. A grande diferença é que lá ele é padroeiro, o que já justificaria o dia de folga para os fiéis e não fiéis.

A popularidade de Santo Antônio em terras carpinenses é justificada pelas devotas. Maria José Matias da Silva, 61 anos, lembra ter alcançado grandes graças com Santo Antônio. “Ele é como um soldado de Cristo. Passei 15 dias em coma, com um AVC, não falava, só chorava. Somente voltei a falar e andar por graça dele. Falam que ele é casamenteiro, mas é tido como o santo das causas perdidas”, explica. Severina Maria da Silva, 70, diz que ele também protege a família. O santo é celebrado todos os anos no dia 13 de junho.

Em Carpina existem três matrizes: a de São José, no centro; a de Santo Antônio, no bairro de mesmo nome; e a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Bairro Novo. O padre Marisaldo Barbosa de Lima explica que Santo Antônio era um homem de muita fé e amor. Decidiu seguir Jesus após conhecer Francisco de Assis e se tornar missionário franciscano. “Ele tinha muita facilidade em orientar na fé e no amor. Ele ganhou essa fama de santo casamenteiro porque uma jovem foi conversar com ele sobre o fim do relacionamento, sofrendo muito. Em seguida, o namorado voltou para ela. Aprendi a amar Santo Antônio para poder falar sobre ele”, lembrou o padre.

Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, em 1195, e é considerado um dos pregadores itinerantes mais famosos do século 13. Ele foi ordenado sacerdote em 1220 e nesse mesmo ano ingressou na Ordem Franciscana. De partida para Marrocos, onde atuaria como missionário, ficou doente e precisou voltar. Antes de se tornar pregador, foi cozinheiro. Morreu em 1231. É padroeiro de Portugal. De Pernambuco também.