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Driblando o crack com a bola nos pés
Mais de 4,5 mil meninos e meninas da localidade já foram atendidos pela ação social em 23 anos de história
Publicação: 24/08/2018 03:00
Na década de 1990, o crack era uma droga recém-chegada ao Brasil. Em Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife, adolescentes e adultos começavam a apresentar os primeiros sinais do vício nas pedras fumadas em cachimbos improvisados. A violência assolava o bairro, ainda marcado pela presença das palafitas. Foi nesse cenário que surgiu o projeto Brasília Teimosa Driblando o Crack, idealizado pelo professor de educação física Luiz Ferreira da Silva, 49 anos, que usa o futebol para ocupar o dia de crianças e adolescentes na orla. Mais de 4,5 mil meninos e meninas da localidade já foram atendidos pela ação social em 23 anos de história.
Luiz nasceu e sempre morou em Brasília Teimosa. Acompanhou as transformações do bairro e viu de perto adolescentes serem cooptados pelo tráfico de entorpecentes. “O projeto surgiu a partir de uma necessidade da comunidade. Vi parentes entrarem no mundo das drogas. Tudo começou em um aniversário meu. Na comemoração, chamei uns garotos para jogarem bola. Começamos como uma brincadeira e surgiu a ideia de dar aulas de futebol. Há sete anos, somos um projeto formalizado com estatuto social”, recorda o professor de educação física.
O instrutor conta com orgulho sobre como o trabalho transformou a realidade de crianças e adolescentes da Zona Sul do Recife. “Dos alunos que saíram do projeto, temos três professores de educação física; três psicólogos formados e alguns já na universidade”, diz. Luiz credita o sucesso às exigências feitas aos meninos e meninas que participam das aulas de futebol. “Não é uma escolinha de futebol porque ninguém paga, mas tem que ter doutrina, disciplina, respeito e bom comportamento. Para participar dos treinos é preciso frequentar a escola”, afirma.
São cerca de 140 crianças e adolescentes de 5 a 16 anos atendidos atualmente. Eles participam dos treinos em um dos campos da orla nas terças e quintas-feiras à tarde. Aos sábados, a areia é substituída pela quadra, e o treino de futsal acontece no turno da manhã. “O objetivo é promover inclusão, dar uma opção de lazer, fazê-los se exercitar”, ressalta Luiz. Os treinos na Avenida Brasília Formosa acabam chamando a atenção de “olheiros” de times de futebol. Um dos alunos foi chamado no início do ano para a escolinha do Sport.
Andhrey Luiz, de 9 anos, é um dos atendidos pelo projeto e sonha em ser jogador de futebol. “Eu gosto muito de futebol e é bom ter uma atividade”, diz. “Eles gostam de fazer as aulas, então eles estão sendo educados, mas também brincam, se divertem. Luizinho é como um segundo pai para os meninos. Sempre aconselha e orienta. Mesmo que eles não se tornem jogadores profissionais, já ganharam e muito pela participação”, completa a mãe de Andhrey, a porteira Adriana Maria, 41 anos.
Luiz nasceu e sempre morou em Brasília Teimosa. Acompanhou as transformações do bairro e viu de perto adolescentes serem cooptados pelo tráfico de entorpecentes. “O projeto surgiu a partir de uma necessidade da comunidade. Vi parentes entrarem no mundo das drogas. Tudo começou em um aniversário meu. Na comemoração, chamei uns garotos para jogarem bola. Começamos como uma brincadeira e surgiu a ideia de dar aulas de futebol. Há sete anos, somos um projeto formalizado com estatuto social”, recorda o professor de educação física.
O instrutor conta com orgulho sobre como o trabalho transformou a realidade de crianças e adolescentes da Zona Sul do Recife. “Dos alunos que saíram do projeto, temos três professores de educação física; três psicólogos formados e alguns já na universidade”, diz. Luiz credita o sucesso às exigências feitas aos meninos e meninas que participam das aulas de futebol. “Não é uma escolinha de futebol porque ninguém paga, mas tem que ter doutrina, disciplina, respeito e bom comportamento. Para participar dos treinos é preciso frequentar a escola”, afirma.
São cerca de 140 crianças e adolescentes de 5 a 16 anos atendidos atualmente. Eles participam dos treinos em um dos campos da orla nas terças e quintas-feiras à tarde. Aos sábados, a areia é substituída pela quadra, e o treino de futsal acontece no turno da manhã. “O objetivo é promover inclusão, dar uma opção de lazer, fazê-los se exercitar”, ressalta Luiz. Os treinos na Avenida Brasília Formosa acabam chamando a atenção de “olheiros” de times de futebol. Um dos alunos foi chamado no início do ano para a escolinha do Sport.
Andhrey Luiz, de 9 anos, é um dos atendidos pelo projeto e sonha em ser jogador de futebol. “Eu gosto muito de futebol e é bom ter uma atividade”, diz. “Eles gostam de fazer as aulas, então eles estão sendo educados, mas também brincam, se divertem. Luizinho é como um segundo pai para os meninos. Sempre aconselha e orienta. Mesmo que eles não se tornem jogadores profissionais, já ganharam e muito pela participação”, completa a mãe de Andhrey, a porteira Adriana Maria, 41 anos.
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