O Recife vai recuperar seus monumentos Capital teve, recentemente, cinco obras importantes danificadas por vândalos ou roubadas por ladrões. Peças de bronze furtadas serão refeitas em concreto

Publicação: 25/08/2022 06:50

Símbolos da memória de um povo e retrato social da cidade, o parque de esculturas que homenageia nomes da história do Recife permeia praças e logradouros públicos da cidade não está a salvo de vandalismo e furtos. Recentemente, cinco obras emblemáticas da cidade foram alvo de ações criminosas, todas com peças feitas em bronze, e serão repostas. Entre elas, o Busto de Frei Caneca, no bsairro de São José. O anúncio foi feito ontem, pelo prefeito João Campos.  “É importante que a gente denuncie qualquer ato de vandalismo, qualquer ato criminoso”, disse.

A população pode fazer denúncias de depredação do Patrimônio Público junto à Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) através do telefone 156. A Emlurb já entrou em contato com artesãos para elaborar orçamento para os bustos e esculturas furtados, que serão produzidos em concreto para a reposição. Os brasões deverão ser feitos em bronze e as letras em latão.

Além do Busto de Frei Caneca, outros quatro pontos foram alvo de vandalismo e práticas criminosas. São eles a escultura O Mascate (Avenida Dantas Barreto), o brasão do Monumento a Sacadura Cabral (praça 17, Santo Antônio), o brasão da Ponte Maurício de Nassau, que liga os bairros do Recife a Santo Antônio, algumas peças da escultura Maracatu (nas imediações do Forte das Cinco Pontas), além de letras que compõem a obra central cravada no solo do Marco Zero, no coração do Bairro do Recife. À exceção das letras do Marco Zero, feitas em latão, as demais peças e obras são feitas em bronze. Para todas estas ações, a Emlurb já abriu Boletins de Ocorrência.

A gestão repudia o furto das peças, pois os atos de vandalismo causam prejuízos enormes para a administração municipal. Somente para recuperar monumentos, pontes e edificações públicas que sofreram ações de pichação e vandalismo, a Prefeitura do Recife chega a gastar mais de R$ 2 milhões por ano.

Um dos mais simbólicos cartões postais da capital pernambucana, por exemplo,  o Parque passa hoje por uma grande intervenção que devolverá ao Recife o museu a céu aberto assinado pelo artista plástico Francisco Brennand. As obras de restauro das peças foram iniciadas no final do ano de 2021. Os investimentos da Prefeitura são da ordem de R$ 5,5 milhões.