Cidade de Paulista, uma paisagem de abandono Com o foco voltado principalmente para o réveillon, a orla do Janga, local que receberá o palco para o Show da Virada, apresenta uma estrutura precária

Publicação: 21/12/2022 05:55

Com a proximidade das festividades de final de ano, as cidades litorâneas de Pernambuco estão se “vestindo” para ficar ainda mais belas para receber seus moradores e turistas de vários lugares do Brasil e do mundo. No entanto, a cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, parece estar no caminho inverso de suas co-irmãs e vem apresentando vários problemas de estrutura.

Com o foco voltado principalmente para o réveillon, a orla do Janga, local em que receberá o palco para o tradicional Show da Virada, apresenta uma estrutura precária mesmo com um investimento superior para a revitalização estrutural em que as cidades do estado passam para comemorar a virada de ano.

Talvez a palavra que mais simboliza atualmente a orla do Janga seja 'abandono'. Um sentimento que é compartilhado pelos próprios moradores do local, onde faixas no muro das 'quatro torres', localizada à frente de onde serão instalados os palcos para o show da virada, cobram a revitalização da orla.

Ao andar pelo local não é muito difícil encontrar os defeitos tão reclamados pelos moradores. Lixo, estruturas quebradas, entulhos, pedras soltas pelas ruas, buracos, barreiras para impedir o avanço do mar muito danificadas e calçadas destruídas. Sem contar também com a enorme poluição no mar.

O sofrimento é constante com a falta de manutenção do local, mas também será para quem optar ir para o Janga independentemente das festividades. Já que uma das principais vias que dão acesso ao bairro sofre com o enorme descaso.

A PE-22, local pelo qual milhares de veículos passam diariamente, possui uma via de péssima qualidade para seus frequentadores.

Desnível da pista, excesso de retalho devido aos grandes números de buracos que possui na via, falta de sinalização, mato alto e diversos outros problemas são tradicionais há anos e seguem sendo vistos mesmo no verão, onde normalmente os problemas acabam sendo amenizados se comparado ao inverno com as chuvas.

Qualidade totalmente oposta à Avenida José Claudio Gueiros Leite, onde parte da via passou por reforma recentemente e que foi entregue junto com a Ponte do Janga, em 2019.

Outro fator de muita reclamação é a lentidão para o início das obras da Upinha, no bairro de Pau Amarelo, prometida pelo prefeito Yves Ribeiro.

Já são cinco meses desde a assinatura da ordem de serviço para o início da construção que contará com serviços como neurologista, psiquiatra, ortopedista, oftalmologista e cardiologista. Porém, até o momento, o local segue cercado, mas sem prosseguimento das obras.