Conheça a história de Maria Luísa, sinônimo de perseverança e superação
O casal recebeu orientação médica para interromper a gestação porque o feto apresentava má formação
Juliane Marinho
especial para o Diario
Publicação: 22/12/2022 03:00
Momentos de perseverança, superação e vitória narram a história da pequena Maria Luísa de apenas dois meses de vida. O descobrimento da chegada da criança representou esperança para a advogada Monick Lima e o securitário Márcio Oliveira, que estavam na quinta tentativa de serem pais. Ainda na gestação do feto, o casal recebeu orientação médica acerca da tentativa legal de interromper a gestação, pelo farto da criança apresentar diversos problemas de saúde devido a uma má formação congênita, possivelmente incompatível com a vida. Porém eles decidiram seguir adiante.
Na primeira ultrassonografia e nas seguintes, os pais de Malu, como também é chamada carinhosamente, foram surpreendidos com alguns problemas de saúde da filha. A evolução da gestação de Maria Luísa foi recebida como presente para Monick e Márcio que tanto desejavam ter filho, que antes tinham sido alertados que talvez o feto não evoluísse, a gravidez poderia não progredir, sendo sugerido interromper a gestação devido à quantidade de problemas de saúde do bebê. “Ficamos um bom tempo nessa luta sobre a evolução e de interromper ou não a gravidez. A gente procurou especialistas, fez exames, tentou fazer procedimento intra-uterino e buscou tudo o que estava ao nosso alcance durante a gestação, mas nada disso foi possível. Porém, Deus sempre iluminou nossa trajetória e colocou anjos no nosso caminho, como amigos e profissionais. Durante e após a gestação formos acompanhados por uma equipe multidisciplinar e acabamos não interrompendo a gestação mesmo sabendo de todos os riscos, mesmo sabendo de todo prognóstico até chegar o nascimento de Maria Luísa”, detalhou Monick.
Quinze dias antes da data prevista para o parto de Luísa, outro desafio surgiu: a obstetra que vinha acompanhando a gravidez de Monick não poderia fazer o parto, pois não estaria presente no dia marcado, por causa de um compromisso. Neste período, foi necessário reorganizar toda a programação para o nascimento de Malu, sendo encontrada outra obstetra, também sendo pontuado que talvez a criança não sobrevivesse ao parto.
Após o nascimento, Maria Luísa precisaria superar outras adversidades e passar por algumas cirurgias para tratar a mielomeningocele, que corresponde a uma má formação congênita na coluna vertebral, fechamento da parede abdominal e outras condições em decorrência da má formação, sendo todas superadas. Luísa, que tem hidrocefalia, também precisou colocar um cateter para o tratamento.
Por causa de outras cirurgias, a colocação de uma válvula precisou ser externa, tendo grande probabilidade de infecção. Durante o processo de recuperação, Luísa teve meningite.
“Depois dessa infecção, a equipe multidisciplinar chegou ao consenso que não havia mais o que fazer por Maria Luísa, não havia mais tratamento para submetê-la, porque causaria só mais sofrimento. Eles chegaram para conversar com a gente para não seguir com mais nenhum procedimento e nem novos tratamentos e ela entraria em paliação. Nos cuidados paliativos, o paciente não é exposto a novos exames e nem a troca de medicação, buscando apenas proporcionar o conforto durante sua trajetória. Nós sempre colocamos nossa filha em primeiro lugar, pensando no bem-estar dela e concordamos com essa decisão, mesmo sabendo que ela superaria mais essa etapa”, afirmou a mãe de Malu.
No percurso do tratamento paliativo, Luísa apresentou uma melhora significativa a cada dia surpreendendo a equipe médica, podendo ser retomada a rotina de exames e outros processos cirúrgicos. Depois de vencer mais uma infecção, foi possível colocar a válvula externa na criança para o tratamento da hidrocefalia, resultando na redução do risco de futuras infecções. Um dia antes de Malu completar dois meses, ela recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi encaminhada para o quarto.
Na última segunda-feira, ela recebeu alta hospitalar e seguiu para a sua casa. Luísa vai continuar acompanhada pela equipe multidisciplinar de profissionais de saúde para o seu desenvolvimento.
MILAGRE
Monick ressalta que a vida da sua filha é um milagre por passar por todas as cirurgias e ter tido sucesso, representando uma renovação de fé para ela, o pai de Malu, sua família e seus amigos. Ela também destaca a importância da informação sobre alternativas de tratamento para as famílias que tenham diagnósticos diferentes do esperado durante a gravidez, pois através do conhecimento, a gravidez de Luísa seguiu.
“Meu sentimento em relação à maternidade é de gratidão, porque só quem passou pela frustração de perdas gestacionais entende o quanto é difícil. Independentemente das peculiaridades da minha filha, o que eu tenho é só gratidão no peito por ela ter vindo para nós. Eu espero que ela seja realizada, independentemente das condições que ela tenha. Por isso e por ela, eu farei de tudo para que não sinta o preconceito que a sociedade tem com pessoas com deficiência”.
Na primeira ultrassonografia e nas seguintes, os pais de Malu, como também é chamada carinhosamente, foram surpreendidos com alguns problemas de saúde da filha. A evolução da gestação de Maria Luísa foi recebida como presente para Monick e Márcio que tanto desejavam ter filho, que antes tinham sido alertados que talvez o feto não evoluísse, a gravidez poderia não progredir, sendo sugerido interromper a gestação devido à quantidade de problemas de saúde do bebê. “Ficamos um bom tempo nessa luta sobre a evolução e de interromper ou não a gravidez. A gente procurou especialistas, fez exames, tentou fazer procedimento intra-uterino e buscou tudo o que estava ao nosso alcance durante a gestação, mas nada disso foi possível. Porém, Deus sempre iluminou nossa trajetória e colocou anjos no nosso caminho, como amigos e profissionais. Durante e após a gestação formos acompanhados por uma equipe multidisciplinar e acabamos não interrompendo a gestação mesmo sabendo de todos os riscos, mesmo sabendo de todo prognóstico até chegar o nascimento de Maria Luísa”, detalhou Monick.
Quinze dias antes da data prevista para o parto de Luísa, outro desafio surgiu: a obstetra que vinha acompanhando a gravidez de Monick não poderia fazer o parto, pois não estaria presente no dia marcado, por causa de um compromisso. Neste período, foi necessário reorganizar toda a programação para o nascimento de Malu, sendo encontrada outra obstetra, também sendo pontuado que talvez a criança não sobrevivesse ao parto.
Após o nascimento, Maria Luísa precisaria superar outras adversidades e passar por algumas cirurgias para tratar a mielomeningocele, que corresponde a uma má formação congênita na coluna vertebral, fechamento da parede abdominal e outras condições em decorrência da má formação, sendo todas superadas. Luísa, que tem hidrocefalia, também precisou colocar um cateter para o tratamento.
Por causa de outras cirurgias, a colocação de uma válvula precisou ser externa, tendo grande probabilidade de infecção. Durante o processo de recuperação, Luísa teve meningite.
“Depois dessa infecção, a equipe multidisciplinar chegou ao consenso que não havia mais o que fazer por Maria Luísa, não havia mais tratamento para submetê-la, porque causaria só mais sofrimento. Eles chegaram para conversar com a gente para não seguir com mais nenhum procedimento e nem novos tratamentos e ela entraria em paliação. Nos cuidados paliativos, o paciente não é exposto a novos exames e nem a troca de medicação, buscando apenas proporcionar o conforto durante sua trajetória. Nós sempre colocamos nossa filha em primeiro lugar, pensando no bem-estar dela e concordamos com essa decisão, mesmo sabendo que ela superaria mais essa etapa”, afirmou a mãe de Malu.
No percurso do tratamento paliativo, Luísa apresentou uma melhora significativa a cada dia surpreendendo a equipe médica, podendo ser retomada a rotina de exames e outros processos cirúrgicos. Depois de vencer mais uma infecção, foi possível colocar a válvula externa na criança para o tratamento da hidrocefalia, resultando na redução do risco de futuras infecções. Um dia antes de Malu completar dois meses, ela recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi encaminhada para o quarto.
Na última segunda-feira, ela recebeu alta hospitalar e seguiu para a sua casa. Luísa vai continuar acompanhada pela equipe multidisciplinar de profissionais de saúde para o seu desenvolvimento.
MILAGRE
Monick ressalta que a vida da sua filha é um milagre por passar por todas as cirurgias e ter tido sucesso, representando uma renovação de fé para ela, o pai de Malu, sua família e seus amigos. Ela também destaca a importância da informação sobre alternativas de tratamento para as famílias que tenham diagnósticos diferentes do esperado durante a gravidez, pois através do conhecimento, a gravidez de Luísa seguiu.
“Meu sentimento em relação à maternidade é de gratidão, porque só quem passou pela frustração de perdas gestacionais entende o quanto é difícil. Independentemente das peculiaridades da minha filha, o que eu tenho é só gratidão no peito por ela ter vindo para nós. Eu espero que ela seja realizada, independentemente das condições que ela tenha. Por isso e por ela, eu farei de tudo para que não sinta o preconceito que a sociedade tem com pessoas com deficiência”.