Quadrilhas divertem e transformam vidas
Entre os sorrisos e coreografias exaustivamente ensaiadas, encontram-se histórias de superação, acolhimento e inclusão entre os integrantes dos grupos
Adelmo Lucena
Publicação: 24/06/2024 03:00
Quando a noite cai, os vestidos rodados, chapéus de palha, coreografias, músicas e cores começam a tomar conta das ruas de diversas cidades pernambucanas durante o São João. É sinal de que as quadrilhas juninas já estão preparadas para mostrar o trabalho de meses ao público e encantar as noites de junho com seus passos bem marcados e roupas caprichadas.
Para o público, estas apresentações podem durar apenas algumas noites, mas para os quadrilheiros, elas duram meses e permanecem na mente por muitos dias. O empenho em cada detalhe exige muito esforço, poucas horas de sono, viagens e renúncias. Mas os envolvidos nestes projetos têm um bom motivo para se comprometerem tanto: a quadrilha tem o poder de mudar vidas.
Quando o período junino se aproxima, é sinal de que haverá muitos vestidos, calças e camisas para a costureira e modelista Francisca Soares, de 59 anos, moradora do bairro de Cidade Tabajara, em Olinda. Segundo a profissional, os lucros aumentam em até 70% por conta das quadrilhas e a geração de empregos também cresce no ramo da costura.
“Este ano, trabalhei com duas quadrilhas juninas grandes, a Raio de Sol e a Luar do São João. Eu monto várias equipes de costureiras, sendo uma no meu ateliê e outras nas casas das costureiras, porque a demanda é muito grande. Trabalhamos de domingo a domingo e, este ano, fizemos 230 roupas para estas quadrilhas. Com isso, o lucro aumenta entre 50% e 70%. As quadrilhas aumentam a demanda e, com isso, eu consigo dar emprego às diaristas e às costureiras, principalmente aquelas que são mais velhas. Neste ano, a Raio de Sol ganhou, e é uma satisfação muito grande para mim, uma vitória”, conta Francisca, referindo-se à conquista do 38° Concurso de Quadrilhas Juninas Adultas 2024.
Uma vaga nesses grupos exige muita dedicação, compromisso, seriedade e brilho no olhar. E era esse brilho que faltava em Lidiane Magalhães, de 30 anos, antes de fazer parte da Origem Nordestina, do Morro da Conceição, Zona Norte da capital. Ela enfrentou a depressão com a ajuda do grupo e mostra ser eternamente grata por isso.
“Eu sou mãe solo e passava por um momento muito difícil, pois perdi meu emprego na pandemia, mas encontrei forças na quadrilha, onde eu ia para aliviar a dor que estava sentindo. Se não fosse ela, eu não estaria aqui hoje. Eu tive uma rede de apoio que eu não tinha em casa. Quando eu estava passando por este processo, recebi muito acolhimento”, conta a quadrilheira.
Para o público, estas apresentações podem durar apenas algumas noites, mas para os quadrilheiros, elas duram meses e permanecem na mente por muitos dias. O empenho em cada detalhe exige muito esforço, poucas horas de sono, viagens e renúncias. Mas os envolvidos nestes projetos têm um bom motivo para se comprometerem tanto: a quadrilha tem o poder de mudar vidas.
Quando o período junino se aproxima, é sinal de que haverá muitos vestidos, calças e camisas para a costureira e modelista Francisca Soares, de 59 anos, moradora do bairro de Cidade Tabajara, em Olinda. Segundo a profissional, os lucros aumentam em até 70% por conta das quadrilhas e a geração de empregos também cresce no ramo da costura.
“Este ano, trabalhei com duas quadrilhas juninas grandes, a Raio de Sol e a Luar do São João. Eu monto várias equipes de costureiras, sendo uma no meu ateliê e outras nas casas das costureiras, porque a demanda é muito grande. Trabalhamos de domingo a domingo e, este ano, fizemos 230 roupas para estas quadrilhas. Com isso, o lucro aumenta entre 50% e 70%. As quadrilhas aumentam a demanda e, com isso, eu consigo dar emprego às diaristas e às costureiras, principalmente aquelas que são mais velhas. Neste ano, a Raio de Sol ganhou, e é uma satisfação muito grande para mim, uma vitória”, conta Francisca, referindo-se à conquista do 38° Concurso de Quadrilhas Juninas Adultas 2024.
Uma vaga nesses grupos exige muita dedicação, compromisso, seriedade e brilho no olhar. E era esse brilho que faltava em Lidiane Magalhães, de 30 anos, antes de fazer parte da Origem Nordestina, do Morro da Conceição, Zona Norte da capital. Ela enfrentou a depressão com a ajuda do grupo e mostra ser eternamente grata por isso.
“Eu sou mãe solo e passava por um momento muito difícil, pois perdi meu emprego na pandemia, mas encontrei forças na quadrilha, onde eu ia para aliviar a dor que estava sentindo. Se não fosse ela, eu não estaria aqui hoje. Eu tive uma rede de apoio que eu não tinha em casa. Quando eu estava passando por este processo, recebi muito acolhimento”, conta a quadrilheira.