Admiradores fazem vigília por Deolane Segurando cartazes, fãs prestaram apoio nas imediações da Colônia Penal Feminina, onde a influenciadora digital está presa desde quarta

Thatiany Lucena

Publicação: 06/09/2024 03:00

O movimento foi grande nos arredores da Colônia Penal Feminina do Recife, localizada no Bairro do Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife, ontem. Fãs da advogada e influenciadora Deolane Bezerra se manifestaram com faixas e cartazes, pedindo justiça e a libertação tanto de Deolane quanto de sua mãe, Solange Bezerra.

E teve de tudo um pouco, como a cabeleireira Adriana Senna, de 38 anos. Dona de salão de beleza, ela tem os cabelos tingidos de loiro, assim como a “ídola”. É uma dos mais de 20 milhões de seguidores de Deolane e fala como se tivesse um convívio diário com a influencer. “Conheço desde quando ela era casada. Faz tempo”, declarou. Adriana disse que foi ao presídio com uma “certeza”: Deolane é “inocente”. “Sou apaixonada por ela. Acredito que ela sairá daí hoje ainda”, acrescentou. Apesar da torcida, a advogada seguiu presa.

Muita gente passou parte da madrugada e da manhã nas imediações da unidade. Os cartazes traziam mensagens como “#Solta a mãe Deolane” e “A mãe tá estourada, esquece”.

Albertino Santos, motorista de 45 anos de Olinda, afirmou gostar de Deolane e questionou a legalidade da prisão, enfatizando que ela é advogada e poderá provar sua inocência. “Ela é trabalhadora, saiu do zero e fez sucesso. Está incomodando muita gente. Ela é advogada e vai provar tudo. Não pode mais ter dinheiro e joias em casa?”, questionou.

BALANÇO
Mais de meio milhão de reais em espécie, em várias moedas, dois aviões e dois helicópteros avaliados em R$ 127 milhões e cinco automóveis de luxo, totalizando mais de R$ 24 milhões. Esses números fazem parte do balanço parcial da Operação Integration, deflagrada na quarta-feira, pela Polícia Civil de Pernambuco, em seis Estados. Ontem, a corporação disse que cumpriu 10 dos 19 mandados de prisão previstos. A operação também determinou o bloqueio de R$ 2,2  bilhões em ativos financeiros dos envolvidos.

A operação foi deflagrada pela Diretoria Integrada Metropolitana (DIM) com o apoio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI) da Secretaria Nacional de Segurança Pública.