O empresário Wilson Campos de Almeida Neto foi condenado a 26 anos e oito meses de prisão pelo assassinato da namorada, após decisão do júri popular, no julgamento encerrado ontem, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano. Gisely Kelly Tavares do Santos foi morta em 19 de julho de 2017 no apartamento onde morava no bairro do Rosarinho, Zona Norte do Recife.

Wilson Neto foi considerado culpado pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil, sem dar chance de defesa à vítima, e feminicídio. A princípio, ele vai cumprir a pena em regime fechado, mas a defesa já entrou com pedido de recurso. Wilson foi preso após a audição.

O julgamento começou às 9h e foi realizado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. Ontem foram feitos os debates orais, que é a fase na qual a acusação e a defesa apresentam as suas respectivas sustentações.

Wilson Neto também foi submetido ao tribunal do júri, quando foram ouvidas testemunhas arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e pela defesa, e foi efetuado o interrogatório do réu, no primeiro dia de julgamento, na quarta-feira. A sessão foi suspensa logo após e retomado ontem.

RELEMBRE O CASO
Gisely Kelly Tavares dos Santos foi encontrada morta com tiros na cabeça e sem roupa dentro do apartamento onde morava, no bairro do Espinheiro. Na época do crime, ela morava com Wilson Campos.

Imagens das câmeras de segurança do prédio registraram o casal chegando no apartamento por volta da 1h, depois da comemoração do aniversário da vítima. Momentos depois Wilson é flagrado carregando uma bolsa com roupas. A arma de fogo usada no crime estava em  um cofre localizado dentro do apartamento do casal.

O empresário foi preso no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.