PCR e MPPE vistoriam áreas de mangue Objetivo é recuperar a fauna e a flora nas áreas degradadas, sobretudo as localidades desmobilizadas de viveiros clandestinos de camarão

Publicação: 30/11/2024 03:00

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizaram uma vistoria para acompanhar áreas de plantio e para identificar novos locais para plantio de mangue. A ação realizada na sexta-feira (29)  faz parte do “Viva o Mangue” e foi feita nas margens do Rio Capibaribe.

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Oscar Barreto, ressaltou a relevância do projeto para a recuperação ambiental.

“A gente pôde, nessa visita a uma parte do Rio Capibaribe, demonstrar a capacidade que o projeto tem para fazer uma revolução no rio. Nós vamos, efetivamente, atuar primeiro no replantio de mangue nas áreas que estão todas degradadas do Rio Capibaribe. Com isso, nós vamos garantir a fauna, vamos garantir uma flora com  duplo papel, o sequestro de carbono, uma flora que vai garantir a proteção dos rios”, comentou.

Ainda, segundo Oscar Barreto, o papel dos manguezais é primordial para o equilíbrio ambiental e fundamental para combater as mudanças climáticas.

“Os manguezais, além de serem importantes berçários, são extremamente importantes como depósitos naturais que absorvem e capturam o CO%u2082 da atmosfera, reduzindo sua presença no ar. Um hectare de mangue tem a capacidade de sequestrar quatro vezes mais CO2 que a mesma área de qualquer floresta tropical”, explicou o secretário.

Segundo o biólogo Hermon Augusto, membro do Conselho de Meio Ambiente representando a ADEME, cerca de 70% da biodiversidade da zona costeira está atrelada ao mangue. A partir do plantio e seu desenvolvimento, a condição de integração da biodiversidade é possibilitada, fornecendo aumento da fauna e flora local.

O projeto Viva o Mangue, lançado em junho de 2024, prevê o plantio de 150 mil mudas nesse ecossistema. O objetivo é recuperar áreas degradadas, sobretudo as localidades desmobilizadas de viveiros clandestinos de camarão.