Situação de emergência em 117 cidades
Decreto visa mitigar os efeitos da seca nos reservatórios e na rede de abastecimento de água. Previsão indica chuva abaixo da média
Publicação: 22/01/2025 03:00
O Governo de Pernambuco publicou no Diário Oficial do Estado de ontem o decreto 58.012, assinado pela governadora Raquel Lyra, que declara situação de emergência em 117 municípios por causa da grave escassez de chuvas e dos impactos da estiagem prolongada. A medida visa mitigar os efeitos da seca hidrológica nos reservatórios e na rede de abastecimento de água, que já afeta a maior parte das cidades do Estado. Em dezembro de 2024, o Governo já havia decretado estado de alerta para 94 municípios pelo mesmo motivo.
“É um momento muito crítico, de estiagem severa, e com esse decreto poderemos agilizar ainda mais as medidas de socorro à população, principalmente da Região Metropolitana e do Agreste”, afirmou a governadora Raquel Lyra. O decreto tem validade de 180 dias.
O documento é dividido em duas partes. A primeira homologa os decretos municipais de situação de emergência em vigência no estado, voltados para as zonas rurais dessas cidades. A segunda parte estabelece a situação de emergência nas zonas urbanas dos municípios listados no texto. Vinte e sete municípios têm essas duas partes dos seus territórios contemplados no decreto.
O secretário estadual de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, disse que o estado está priorizando a gestão eficiente da água disponível e a execução de obras emergenciais. “Nossa expectativa é que tais medidas ajudem a agilizar os processos de execução dos serviços e obras. Além disso, as grandes obras que trazem água de longa distância, como do Rio São Francisco ou da Mata Sul para o Agreste, estão progressivamente chegando às cidades e ao longo deste ano vão trazer grandes benefícios para minimizar os impactos das estiagens”, ressaltou.
O presidente da Compesa, Alex Campos, evidenciou que a companhia está trabalhando com planejamento para administrar o volume de água disponível nos mananciais. “O momento exige compartilhamento de esforços, não apenas da Compesa, que vem adotando medidas de contingenciamento hídrico e execução de ações emergenciais que garantam a continuidade da distribuição de água, mas também pelo envolvimento da sociedade na questão do uso racional da água”, frisou o presidente.
A Agência Pernambucana deÁguas e Clima (Apac) aponta que o estado enfrenta uma seca de moderada a grave em boa parte do seu território. A previsão climática para o primeiro trimestre de 2025 indica chuvas abaixo da média, com pancadas isoladas no Sertão e períodos secos nas outras regiões. “Será um trimestre considerado seco para a Região Metropolitana, Zona da Mata e Agreste, enquanto que no Sertão, onde seria a estação chuvosa, poderão ocorrer pancadas de chuvas isoladas de intensidade moderada a forte, porém concentradas em poucos dias, seguidos de períodos com dias secos”, disse a diretora de Regulação e Monitoramento da Apac, Crystianne Rosal.
As infraestruturas visam o atendimento à população rural. De janeiro de 2023 até agora, foram entregues 20 sistemas simplificados de abastecimento – que se espalham pelos Sertões, Agreste e Mata Norte, num investimento de R$ 31,7 milhões. Além disso, foram recuperados ou instalados 300 dessalinizadores que suprem o abastecimento d’água da população difusa e, para 2025, está prevista a construção de mais 400 equipamentos, além da instalação de 600 poços.
Reservatórios com menos de 10% de suas capacidades:
“É um momento muito crítico, de estiagem severa, e com esse decreto poderemos agilizar ainda mais as medidas de socorro à população, principalmente da Região Metropolitana e do Agreste”, afirmou a governadora Raquel Lyra. O decreto tem validade de 180 dias.
O documento é dividido em duas partes. A primeira homologa os decretos municipais de situação de emergência em vigência no estado, voltados para as zonas rurais dessas cidades. A segunda parte estabelece a situação de emergência nas zonas urbanas dos municípios listados no texto. Vinte e sete municípios têm essas duas partes dos seus territórios contemplados no decreto.
O secretário estadual de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, disse que o estado está priorizando a gestão eficiente da água disponível e a execução de obras emergenciais. “Nossa expectativa é que tais medidas ajudem a agilizar os processos de execução dos serviços e obras. Além disso, as grandes obras que trazem água de longa distância, como do Rio São Francisco ou da Mata Sul para o Agreste, estão progressivamente chegando às cidades e ao longo deste ano vão trazer grandes benefícios para minimizar os impactos das estiagens”, ressaltou.
O presidente da Compesa, Alex Campos, evidenciou que a companhia está trabalhando com planejamento para administrar o volume de água disponível nos mananciais. “O momento exige compartilhamento de esforços, não apenas da Compesa, que vem adotando medidas de contingenciamento hídrico e execução de ações emergenciais que garantam a continuidade da distribuição de água, mas também pelo envolvimento da sociedade na questão do uso racional da água”, frisou o presidente.
A Agência Pernambucana deÁguas e Clima (Apac) aponta que o estado enfrenta uma seca de moderada a grave em boa parte do seu território. A previsão climática para o primeiro trimestre de 2025 indica chuvas abaixo da média, com pancadas isoladas no Sertão e períodos secos nas outras regiões. “Será um trimestre considerado seco para a Região Metropolitana, Zona da Mata e Agreste, enquanto que no Sertão, onde seria a estação chuvosa, poderão ocorrer pancadas de chuvas isoladas de intensidade moderada a forte, porém concentradas em poucos dias, seguidos de períodos com dias secos”, disse a diretora de Regulação e Monitoramento da Apac, Crystianne Rosal.
As infraestruturas visam o atendimento à população rural. De janeiro de 2023 até agora, foram entregues 20 sistemas simplificados de abastecimento – que se espalham pelos Sertões, Agreste e Mata Norte, num investimento de R$ 31,7 milhões. Além disso, foram recuperados ou instalados 300 dessalinizadores que suprem o abastecimento d’água da população difusa e, para 2025, está prevista a construção de mais 400 equipamentos, além da instalação de 600 poços.
Reservatórios com menos de 10% de suas capacidades:
- Caicara, em Santa Maria da Boa Vista, no Sertão - 0% - 0 m³ acumulados
- Serrinha/Serraria, em Brejinho - 0,11% - 1.319 m³ acumulados
- Pau Branco, em Afrânio, no Sertão - 0,93% - 30.734 m³ acumulados
- Parnamirim, em Parnamirim, no Sertão - 0,98% - 36.657 m³ acumulados
- Eng. Camacho, em Ouricuri, no Sertão - 2,45% - 678.929 m³ acumulados
- Chapéu, em Parnamirim, no Sertão - 2,57% - 3.702.206 m³ acumulados
- Entremontes, em Parnamirim, no Sertão - 2,81% - 8.525.040 m³ acumulados
- Abóboras, em Parnamirim, no Sertão - 3,87% - 555.000 m³ acumulados
- Goitá, em Paudalho, Zona da Mata - 4,62% - 2.424.700 m³ acumulados
- Poco Grande, em Serrita, no Sertão - 4,7% - 61.711 m³ acumulados
- Boa vista, em Salgueiro, no Sertão- 4,85% - 797.907 m³ acumulados
- Jucazinho, em Surubim, no Agreste - 5,79% - 11.850.525 m³ acumulados
- Boa Vista, em Itapetim, no Sertão - 6,32% - 103.182 m³ acumulados
- Araripina (baixio), em Araripina, no Sertão - 7,26% - 268.642 m³ acumulados
- Arrodeio, em São José do Belmonte, no Sertão - 7,59% - 1.102.275 m³ acumulados
- Quebra Unha, em Floresta, no Sertão - 7,86% - 212.930 m³ acumulados
- Machado, no Brejo da Madre de Deus, no Sertão - 9,36% - 149.515 m³ acumulados
- Utinga, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife - 9,53% - 896.643 m³ acumulados
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