Tarifa nova e os problemas de sempre
Para usuários e motoristas de ônibus da Região Metropolitana, o aumento das passagens parece não ter uma finalidade prática
Mareu Araújo
Publicação: 07/01/2025 03:00
Em pé no Terminal de Ônibus do Cais de Santa Rita, passageiros esperavam para pegar seus transportes para o trabalho, faculdade ou para casa. O espaço quente era dominado por pombos, vendedores ambulantes e totens de paradas descascados. Quando os ônibus chegavam exibiam em seu parabrisa o novo valor do Bilhete Único do Grande Recife, R$ 4,30. Um aumento que parece não ter uma finalidade visível a passageiros e nem a motoristas.
“É uma porcaria”, afirmou a estudante de enfermagem Raylla Eloy. Ela esperava o segundo ônibus para ir para a Conde da Boa Vista, por ser estudante, paga R$ 2,15 na passagem. “A gente que depende de transporte público não tem o que fazer, né? Já diz o nome: público. Mas independente do valor, mesmo que fosse de graça, deveríamos ter um serviço bom”.
Josiê Vicente, de 68 anos, ia para a Zona Sul. “Os ônibus não têm melhora, nem o metrô, nem o Terminal, nada. E cada vez mais a população sofrendo e assim vamos levando. A gente precisa”, disse.
A proposta de reajuste tarifário de 4,29% foi aprovada pelo Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) no dia 30 de dezembro. O valor da passagem passou de R$ 4,10 para R$ 4,28. O aumento foi homologado pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) na última sexta-feira (3), arredondando-o para R$ 4,30.
“Eu nem critico quem pula catraca, as pessoas precisam ir trabalhar, resolver algo na rua, esse aumento vai pesar no final do mês. Enquanto eu tiver passagem, estarei pagando”, disse Cleide Araújo, funcionária de um hospital.
Cláudia e Camila Rocha pegam poucos ônibus, mas, nesse tempo que fazem uso do transporte são unânimes quando afirmam que “o serviço só piora”. “Quem mora de Candeias para frente só tem uma opção de ônibus saindo daqui, ele demora entre 40 e 50 minutos e já sai do Terminal muito lotado”, contou Cláudia. “Até o opcional, que é o mais caro, e que na teoria deveria ser todo mundo sentado e ninguém em pé, vai lotado”.
Os ônibus opcionais também tiveram reajuste nos valores, as linhas Setúbal, Piedade, Candeias e Gaibu/Barra de Jangada passaram a custar R$ 8,29.
A reportagem conversou com dois motoristas e ambos afirmaram que o aumento não terá nenhuma mudança efetiva em seu salário.
O Diario de Pernambuco entrou em contato com o Grande Recife Consórcio de Transporte questionando se o aumento nas tarifas dos ônibus trará alguma melhora no cotidiano dos usuários, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
“É uma porcaria”, afirmou a estudante de enfermagem Raylla Eloy. Ela esperava o segundo ônibus para ir para a Conde da Boa Vista, por ser estudante, paga R$ 2,15 na passagem. “A gente que depende de transporte público não tem o que fazer, né? Já diz o nome: público. Mas independente do valor, mesmo que fosse de graça, deveríamos ter um serviço bom”.
Josiê Vicente, de 68 anos, ia para a Zona Sul. “Os ônibus não têm melhora, nem o metrô, nem o Terminal, nada. E cada vez mais a população sofrendo e assim vamos levando. A gente precisa”, disse.
A proposta de reajuste tarifário de 4,29% foi aprovada pelo Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) no dia 30 de dezembro. O valor da passagem passou de R$ 4,10 para R$ 4,28. O aumento foi homologado pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) na última sexta-feira (3), arredondando-o para R$ 4,30.
“Eu nem critico quem pula catraca, as pessoas precisam ir trabalhar, resolver algo na rua, esse aumento vai pesar no final do mês. Enquanto eu tiver passagem, estarei pagando”, disse Cleide Araújo, funcionária de um hospital.
Cláudia e Camila Rocha pegam poucos ônibus, mas, nesse tempo que fazem uso do transporte são unânimes quando afirmam que “o serviço só piora”. “Quem mora de Candeias para frente só tem uma opção de ônibus saindo daqui, ele demora entre 40 e 50 minutos e já sai do Terminal muito lotado”, contou Cláudia. “Até o opcional, que é o mais caro, e que na teoria deveria ser todo mundo sentado e ninguém em pé, vai lotado”.
Os ônibus opcionais também tiveram reajuste nos valores, as linhas Setúbal, Piedade, Candeias e Gaibu/Barra de Jangada passaram a custar R$ 8,29.
A reportagem conversou com dois motoristas e ambos afirmaram que o aumento não terá nenhuma mudança efetiva em seu salário.
O Diario de Pernambuco entrou em contato com o Grande Recife Consórcio de Transporte questionando se o aumento nas tarifas dos ônibus trará alguma melhora no cotidiano dos usuários, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.